quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O início - cap 11

Uru arregala os olhos, perplexa. As palavras de Azali continuavam a ecoar em sua mente. Ela levanta o olhar para Kala, sua irmã carregava a feição decepcionada que sempre direcionava a ela quando, na infância, Uru se metia em brigas de criança com filhotes de chitas que elas, raramente, encontravam pelo Lado Sul.
Porém, agora, o motivo do olhar frustrante parecia mais sério do que nunca:
- Azali, perdão mas poderia repetir? Creio não ter ouvido bem...
Azali abaixou o olhar:
- Está esperando um bebê minha princesa, e não há muito tempo que está sendo gerado.
Uru não pôde evitar encarar a própria barriga, alguns machucados da queda durante a caçada cobriam a sensível pele rosada. A leoa pôs uma pata sobre ela e acariciou a região, sorridente. Tentou se lembrar de seu último encontro com Ahadi...no lago do Olho D'Água, fora lá que tudo ocorrera. A primeira vez em que experimentara tão boa sensação...obviamente ele devia de ser o pai:
- Se é isso mesmo que diz, Azali, porque as duas parecem tão nervosas? Esse broto que carrego é uma prova de amor, minha e de Ahadi! Será o príncipe que tanto sonhei, forte, habilidoso, inteligente e gentil com todos! Será o melhor rei que estas terras já tiveram, junto de seu pai. Já posso ver, nele, o dourado do pai e os olhos reluzentes da mãe! Devo contar a Ahadi!
Uru saiu, radiante, da caverna, deixando Azali e Kala para trás. Azali suspirou, virando-se para Kala:
- Sua irmã não pensa nos riscos. Temo por ela, Kala.
- Uru sempre foi, das gêmeas, a mais infantil - Kala dizia, com pesar na voz - Embora seja mais velha que eu, nascendo meia-lua antes de mim, sempre fui eu a mais adulta de nós duas, ela tem um espírito de criança.
Azali simplesmente se levantou sem dizer nada e saiu da cova para o céu azul-alaranjado. A velha sábia pendurou os olhos nele, procurando, nas tímidas estrelas do entrdecer, uma resposta dos Antigos Reis.
Enquanto isso Uru saltitava pela savana, em busca de Ahadi. Foi encontrá-lo treinando luta com o irmão Edan. O pequeno filhote estava visivelmente em desvantagem contra Ahadi, um leão adolescente e suficientemente forte para derrubá-lo em segundos, mas Edan parecia determinado graças ao olhar de Dallas sobre eles. Ao ver que o pai os observava, Edan reagia contra Ahadi, que parecia pegar cada vez mais leve com o irmãozinho. Uru sempre ouvia Edan dizer pelos cantos de PrideLands que o sonho dele era ser tão forte e magnífico quanto o pai, um real puxa-saco!
Ahadi gargalhava enquanto lutava para derrubar o irmão quando ouviu a voz melodiosa de Uru, chamando seu nome. O príncipe olhou em volta para ver a silhueta de Uru chegando cada vez mais perto dele. Dallas sorriu e Edan cochichou ao ouvido do pai:
- Papai, vamos. Hora do mano namorar...(risos)
Ahadi engoliu em seco. Se sentia desconfortável em estar ali sem outro leão para acompanhá-lo. Se lembrava bem do último encontro deles, da vez em que ele pôde possuí-la por inteiro, dos cochichos suaves e o leve roçar de suas caudas...depois disso não se sentia mais tão confortável em encarar aqueles olhos, tão coloridos e brilhantes, Brilhavam agora, bem na sua frente, com tons lilases e esverdeados, seu belíssimo pelo acobreado parecia pálido na luz do entardecer nublado e seu pelo tinha falhas e machucados cicatrizando da queda do dia anterior...era incrível como sua beleza fazia com que até os arranhões lhe caíssem bem.


(Gente, sintam-se a vontade para usar a base, mas se forem usar, por favor, deixem o meu nome ali porque eu peguei a base original e editei: o plano de fundo, a cara da leoa, transformei em png...deu muito trabalho! Obrigada ^^)

A princesa se aproximou e roçou as costas embaixo do queixo de Ahadi, que se afastou meio relutante, não podendo evitar a gentil lambida em sua orelha. Quando Uru sentou-se na sua frente, o leão percebeu que um sorriso ansioso brincava em seus lábios:
- Quer me dizer algo?
- Sim. Talvez essa seja a notícia que tanto esperei dar a você...
Uru acariciou a barriga e Ahadi sentiu-se levemente mal, não podia ter resultado algo assim daquela vez, no lago...
- Carrego, em meu ventre, o mais novo herdeiro da Pedra do Reino! Seu filho, Ahadi.
O príncipe sentiu os pelos eriçarem de nervoso, não podia ser...isso não podia estar acontecendo. Não sabia se realmente queria esse amor intenso e doentio de Uru como sua esposa...e agora ela esperava um filho?
"De qualquer forma, não tenho escolha..." pensou:
- Uru eu...não posso aceitar isso assim. Olhe para você, é muito nova pra...
- Não sou! Eu entendo que se preocupe, mas eu já estou cansada de falarem que não posso por ser jovem, eu sei de responsabilidades de criar um filhote portanto peço para que não me subestime!
Ahadi suspirou, convencê-la seria trabalhoso, mas estava realmente falando a verdade. Pôs uma pata em seu ombro e se aproximou mais dela, para que olhasse em seus olhos:
- Uru, por favor, me escute: esse filho que carrega pode te matar! Sua mente pode até estar preparada, segundo você diz, mas seu corpo não. Você atingiu o calor pela primeira vez não faz muito tempo e eu...eu me dixei levar - Ahadi distanciou seu olhar do de Uru, afastando-se e sentando de costas para ela - Não podia ter feito...aquilo. Eu sinto muito, a culpa é minha.
Uru parecia chocada, esgueirou seu corpo para perto do de Ahadi, os olhos tristes perderam o brilho de antes:
- Culpa? Não. Não é culpa Ahadi, é feito! Você não fez nada de errado para ter de se culpar...você fez algo bom! Algo por amor! E a prova desse amor...está sendo gerada aqui comigo. Nós podemos fazer isso Ahadi...
- Sim Uru, mas seu corpo não vai aguentar! Você entende? Entende que corre o risco até de morrer no parto? Ou ter um aborto espontâneo? Não, você não entende! Parece uma criança teimosa!
Quando encarou Uru, seus olhos estavam mareados enquanto ela mordia o lábio inferior, parecia estar se controlando para não explodir em lágrimas:
- Você...nem demonstrou um pingo de felicidade...você é um monstro!
Ahadi tentou, de alguma forma, protestar, mas o som de passos rápidos e a súbita falta de calor ao seu lado anunciou sua partida. Era mais sensato deixá-la chorar sozinha.
---
Enquanto isso, nos arredores de PrideRock, Dallas não chorava com a mesma frequência de antes. Não se sentia mais tão triste, porém sentia enorme necessidade de vingar sua amada rainha. Gostaria de, ao menos, descobrir o culpado e puní-lo. Era sobre isso que foi conversar com a amiga Sara naquela noite:
- Psst, Sara...
A leoa estava adormecida em um canto da caverna, junto as outras leoas, e acordou num pulo com o chamado de seu rei. Os dois foram conversar fora da caverna e, quando Dallas exigiu vingança, Sara pulou de espanto:
- Mas, Dallas, um bom rei não pensa em vingança...deixe isso para os mal intencionados!
Dallas respirou fundo, olhando para o céu:
- Você não entende, não é, Sara? Eu amava demais aquela leoa, e agora ela está morta. Seu sangue banhava a caverna onde abrigo todos os leões em que mais confio...saber que o assassino pode ser uma leoa com quem falo todos os dias...isso me dá angústia!
Sara enterrou o focinho na espessa juba de Dallas, deixando-o quente e tranquilo:
- Você não precisa disso Dallas, o importante é saber perdoar. Você não vai conseguir perdoar agora porque o problema está fresco em sua memória...a morte de Almasi...algo bem forte e novo para você. Primeiro aprenda a lidar com o problema e, só depois, perdoe quem o cometeu. É assim que as coisas funcionam.
Dallas olhou para a amiga, que sorriu pra ele e executou uma delicada mesura:
- Vou entrar agora, estou com sono. Boa-noite Dallas, meu rei.
- Boa-noite Sara...
A leoa, repentinamente, aproximou-se do rei e lhe deu uma suve lambida na bochecha. Dallas ficou sem ação enquanto sentia o rosto queimar. Quando se virou para acompanhá-la, Sara já tinha entrado na penumbra da caverna.
Uma lágrima escorreu pelo rosto do rei enquanto este buscava respostas no céu:
- Meus Reis, meus guias...por favor, não tive tempo nem de dizer um adeus á minha amada...gostaria apenas de alguma coisa, algum sinal...algo que me conceda caminhos que devo seguir. Me ajudem a fazer a escolha correta!
E, assim, fechou os olhos. A dor angustiante em seu peito parecia crescer enquanto o sussurro de uma doce voz feminina vinha, como que trazida pelo sopro do vento noturno, lhe dizer adeus, Dallas soluçava quando, finalmente, abriu os olhos:
- Eu vou te vngar, Almasi, nem que isso custe minha deplorável existência...
--------------------------------------------------------------------------------

Nem tenho o que dizer...só sentir xD kkkkkk
Uru, pelo visto, está muito animada com a gravidez e sonha com um filhote menino...mas Ahadi nem pensa nisso kkkk. Os dois brigaram feio...
Qual será a vingança de Dallas ao assassino desconhecido???
Eu li vários comentários de pessoas culpando a Kanna...hmmm...
Até a próxima gente! Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar ^^


5 comentários:

  1. Eu andei pensando...E acho que quem matou Almasi foi Sara!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hmm...tenho medo de falar qualquer coisa e acabar entregando o verdadeiro culpado xD

      Excluir
  2. Sinceramente, eu acho que quem matou Almasi foi a Dilma... Zoas, acho nada naum. :v suspeitos, existem muitos, maaas veremos com o tempo! ^^
    Minha noss Uru... Tu nem sabe raciocinar direito fia, pensa bem, viu? (yes, só podia tá na TPM mesmo -q)

    Ashuashuashuas

    ~Aguardando

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Kkkkkkk, a Dilma??? Kkkkkk nem no mundo Rei Leão ela perdoa xD
      Uru é meio tontinha mesmo coitada -q

      Excluir
  3. Hum, agora, acho que quem matou Almasi foi Kanna ou... Sara!
    Ou foi o espírito da Taiga :/ (Nossa, 100% de chance de ser isso)
    Uru, foi te dizer o que vai acontecer:
    Você vai ficar com muita dor no parto, vai perder sangue, e bem... vai bater as botas!
    Uru: O que são botas?
    -_-'
    Esperando o próximo!

    ResponderExcluir