domingo, 31 de janeiro de 2016

Tag - Música Virando História!

Hello again people \o/
Vim aqui trazer uma Tag criada pela An@ nessa postagem aqui ---> Link

Como vocês já devem saber, eu AMO música então, obviamente, vou participar!!!
Vou fazer com a música Santa Monica Dream, de Angus e Julia Stone. No fim da postagem eu vou colocar um vídeo da música pra vocês :)
Vamos lá:



Em uma ruela praticamente esquecida da Califórnia, na Região Costeira do Oeste, duas crianças corriam descalças pela calçada. Pareciam não se importar com a quentura do chão, tampouco com as poucas pessoas que passavam carregando sacolas de pão e qualquer outra coisa que fosse essencial pela manhã.
A menina corria na frente, soltando risadas de nervoso e atropelando quem quer que se metesse a sua frente. Seus cabelos dourados brilhavam como ouro no sol da manhã. Atrás, vinha o menino, de camiseta esfarrapada e olhar determinado, fixo na garota.
Não demorou muito para que ela o conduzisse para uma vila de casas, afim de enganar seu perseguidor entre seus muros. Sua armadilha virou-se contra ela mesma, quando ele surgiu por detrás de uma parede coberta de videiras próxima a ela e deu o bote. Os dois rolaram pela terra morta, rindo e tossindo a poeira. O menino se levantou, vitorioso:
- Te peguei. Agora é você quem vem atrás de mim!
Mas ela não se levantava. Seus olhos azuis lacrimosos fixos no joelho esquerdo machucado:
- Rob, eu...
Ele se agachou novamente, examinando o ferimento iluminado pelo sol fraco:
- Ah não, me desculpe Angel...
Ela tinha lágrimas escorrendo pelo rosto:
- Tá doendo muito...
- Vem, eu te ajudo a levantar.
Ele se ergueu e estendeu a mão para Angelina. Ela segurou e se levantou em seguida.
Os dois seguiram para a casa dela. Ela apoiada nos ombros dele e mancando da perna esquerda.
Ao chegarem, Eva, a mãe de Angelina, a recebeu, com um olhar duro de desaprovação:
- Adeus Rob, muito obrigada pela ajuda. - Angelina sorriu para o amigo
- Até amanhã Angel.
Enquanto Rob seguia até sua casa, Eva brigava com sua filha enquanto tratava de seu joelho:
- Você é uma dama, minha filha. Não deveria ficar correndo pela rua igual a um moleque e se estropiando toda. Aquele garoto é uma má influência para você!
Angelina não suportava sua mãe com esse tipo de conversa:
- O Rob é meu amigo! Meu melhor amigo!
- O Rob é um menino! E você é uma menina...são diferentes! O que os vizinhos irão pensar ao ver minha filha fazendo estripulias como um menino travesso?
- Eu não ligo, eu gosto de brincar com o Rob, ele é meu melhor e único amigo!

Naquela noite, os pais de Angelina discutiram sobre o futuro da filha, que largara as próprias bonecas para correr e pular pela vizinhança com o amigo, que conhecera desde seus 3 anos, quando se mudara para aquela casa. Agora, aos 10 anos, seus pais matutavam que já era hora de Angel se comportar como uma mocinha que era e deixar as molecagens de lado...mas isso não acontecia e Angelina voltava para casa com a testa brilhando de suor, de tanto correr com Rob pelas ruas.
Chegaram a uma única conclusão viável: se mudariam de casa no próximo verão.
O tempo passou voando, e, como prometido, Angelina foi informada sobre a mudança, que aconteceria na próxima semana.
Não adiantou chorar e gritar, tudo que podia fazer era aceitar e ficar calada, seus pais nunca entenderiam se ela argumentasse contra. Para eles, era apenas uma criança sem pensamentos viáveis.
Em sua última semana, saiu todos os dias para brincar com Rob, sem contar nada para ele. Não queria que, justo em sua última semana, ele se entristecesse com ela.
No último dia de estadia, os dois estavam deitados na grama, ao lado da casa dele, descansando da brincadeira de pique mais exaustiva da vida de Angel. Enquanto miravam o céu laranja do entardecer, ela enfim disse:
- Vou me mudar daqui...esse é o nosso último pique.
Rob olhou para ela, surpreso. A franja de cabelos marrons grudada na testa ensopada de suor:
- O que? Mas...como assim?
- Me desculpa não ter te contado antes, eu não queria ver você triste...
- Mas eu estou triste agora!
- Não fica, por favor.
Ele se levantou e ficou sentado na grama:
- Por que está indo embora? Você vai pra onde?
Ela se sentou, em frente a ele:
- Eu não sei, mamãe não quer me contar. Ela me disse que vamos pra longe, porque você não é boa influência para mim.
- Influência?
- Eu não sei. Mas não fica triste comigo...
- Não estou triste com você, estou trise porque vai embora. Estou triste porque não vou mais ver você...
- Olha... - Ela se aproximou dele e estendeu o dedo mindinho da mão - ...me promete que, mesmo estando bem longe, seremos amigos...para sempre!
Os olhos verdes de Rob se alternavam entre os azuis de Angel e seu dedinho esticado. Ele se controlava para não chorar na frente da amiga, se lembrando da frase dita por seu pai "Homem que é homem não chora por bobeira."
Franzindo as sobrancelhas e os lábios, ele entrelaçou seu dedinho no dela:
- E-eu...prometo.
Um vento gelado fez os cabelos emaranhados de Angelina rodopiarem em torno de sua cabeça. Ela sorriu tristemente para Rob, quando uma voz ressoou fortemente pela vila:
- Angelina!
Ela olhou para trás:
- Já vou mamãe! - e virando-se para seu amigo, murmurou um "Adeus".
.
.
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Já se faziam 7 anos desde que aquela promessa foi feita...e quebrada.
Ela tinha o endereço dele. Podia escrever para ele escondida de seus pais como já havia feito, ela sabia disso...mas por algum motivo que não sabia por quê, não o fazia mais.
Havia lhe escrito cartas assim que se mudara. Escrevia coisas como "Sinto sua falta" e "Quero te ver"...mas não era a mesma coisa. O assunto foi se esvaindo aos poucos e, um dia, ela parou de escrever-lhe. Gostava de pensar que ambos haviam parado.

Sua vida era diferente agora, com outras prioridades. Não era como na infância, quando voltava da escola, almoçava e saía para brincar com seu melhor amigo, porém, ás vezes, se pegava imaginando o que ele poderia estar fazendo...como será que era sua vida agora? Será que ao menos ele se importa?
"E...será que eu realmente quero saber?"
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E aí? Gostaram?
Eis o vídeo da música:



Eu amo demais essa música! Sou doida por essas músicas que tem um violãozinho no fundo, ou então músicas violão e voz. Acho tão calmante quanto suco de maracujá ^~^

Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^-^)/

Finalmente \o/

Oioi gente!!
Então...perceberam que o blog está de cara nova, não é??
Vi o blog da An@ dar uma mudada no visu e resolvi mudar também...já estava cheia do estilo antigo xD.
Passei a noite toda de ontem editando até finalmente encontrar um estilo pra ele que me agradasse.
Como o blog se chama "Diário da Vitani", eu sempre tento deixar ele um pouco com essa temática de "diário" mesmo.
A imagem-título fui eu mesma que fiz, tirando os desenhos da Tani e dos livros, e também temos um menuzinho (finalmente, porque todos os blogs tinha menus, menos o meu kkkk).
Sintam-se á vontade para clicar nos links :D
Agora...uma perguntinha: Vocês gostariam que eu colocasse música no blog?
Sabe...tem gente que gosta, mas tem gente que nem ouve as músicas e até reclamam porque elas travam muito a página.
Mas eu vejo todos os blogs com música...menos o meu pobre e energúmino blog furreca, kkkkkk.
O que vocês acham? Eu deveria pôr música?
Tenham em mente que as músicas sou eu quem vou escolher...ou seja: muita música Celta e muita música estranha! Kkkkkkk
E vocês tem alguma outra sugestão para o design do blog? Podem sugerir a vontade, o blog é de vocês :)
Até a próxima gente, espero que tenham gostado da cara nova do blog o/

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Um novo estilo??

Hello people!!!
Sabe, eu gosto bastante de desenhar leoas, principalmente em estilo mais realístico!
Não apenas leoas, mas animais em geral (como raposas em estilo realístico, que eu já fiz uma vez e posso mostrar aqui qualquer dia ^_^)
Então, como estava sem nada específico pra fazer, resolvi desenhar leoas e fazer uma mistura, usando o estilo da Disney (aquele mais cartunizado) e o estilo mais realístico.
Como não queria "copiar" nenhum artista, procurei no Google fotos de leoas de verdade para usar como base caso eu me perdesse em algum ponto.
Resolvi desenhar Uru, Kala, Zira (simplesmente porque eu amo Zira kkkk) e Mufasa recém-nascido (isso porque logo ele vai estar aparecendo aí na história).
O resultado foi esse:

(A Zira tá com cara de "Fui pega comendo escondida o último pedaço da caça" kkk)

Eu sei, a resolução da foto tá péssima! Mas deve dar pra ver alguma coisa!
Comecei por Uru, depois fui para Kala, Zira e por último Mufasa.
Acho que Uru ficou mais próxima do estilo que eu desejava por causa dos olhos.
Os outros 3 estão bem mais puxados para o realístico, mas eu gostei de ter feito esse desenho, foi bem divertido!
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Conto de Dois Irmãos - Cap 4

A noite era fria e calma, com o cheiro abafado de chuva prestes a cair.
No calar da escuridão, um leão repleto de cicatrizes se arrastava pela terra seca, alguns machucados pareciam ter infeccionado e sua juba castanha embrenhava-se junto de seu pelo.
Tinha fome, mas não parecia fraco. Caminhava do melhor jeito que podia, evitando que sua pata fronteira sangrenta tocasse o chão devido a dor, que era praticamente insuportável. Ia farejando o ar por onde quer que pasasse, á procura de algum cheiro qualquer até que finalmente suas narinas foram preenchidas por um aroma conhecido e digno de seu deleite: uma leoa jovem, em pleno calor.
Foi seguindo o cheiro, o nariz fungando sem parar até finalmente abrir um sorriso. Lá estava ela. E se aproximando mais, pôde sentir um outro que não estava assim tão forte, o cheiro da urina de um macho.
Pelo que pôde sorver da essência, era um macho relativamente velho. Isso atiçou seu sentido de batalha. Não importava se estava todo ferido, depois de um tempo ele havia aprendido que toda a dor de seu corpo era substituída pela adrenalina na hora da luta.
A leoa o avistou de longe e sorriu. Ele se aproximou:
- Com licença senhora, és deste Orgulho?
A fêmea ronronou, sacudindo o corpo:
- Não precisa se dirigir a mim com tanta formalidade, meu rapaz. Respondendo a sua pergunta: sim, sou deste Reino. Me chamo Tyssa, Princesa, filha do Rei Baros II. - Ela passou a pata suavemente por um dos inúmeros arranhões dele - De onde procede, ferido deste jeito?
- Me chamo Edan. Sou das Terras do Reino, filho do antigo Rei Dallas. Essas cicatrizes, bem...cada uma tem sua história.
Tyssa soltou um misto de ronronar com risada e rodeou Edan, avaliando seu porte físico e roçando o corpo no dele:
- Oh, não necessita de se apressar, Edan. Temos...bastante tempo. - Ficando frente á ele e roçando a cauda em seu queixo, ela continou - A noite mal começou, você sabe...não é mesmo?
Ao dizer esta última parte, a leoa focou nos olhos de Edan, que sentia o corpo esquentar.
Tyssa não era tão bonita. Tinha os olhos negros como a madrugada e o nariz parecia desproporcional ao resto de seu rosto. Possuía, porém, uma voz encantadora e parecia ter certeza em tudo o que fazia.

(Apresento a vocês minha versão acabada de Edan ^o^)

Edan quase se deixou levar enquanto ela se aproximava ainda mais dele. A voz da princesa misturada com sua fragrância eram praticamente irresistíveis, mas ele tinha mais coisas a fazer. Enquanto ela encostava o focinho em sua bochecha, o leão perguntou, a voz quase falhando:
- V-você me disse...ser a princesa deste reino, não é?
Ela sussurrou em seu ouvido:
- Sim...meu pai é o dono destas terras. Já desposou quatro leoas do reino e não possui uma fêmea fixa para chamar de rainha. Sou uma dos tantos filhos desgarrados dele. Possuo 7 irmãos, porém meu pai escolheu um protegido de outro reino vizinho para ser seu herdeiro.
Edan se espantou ao ver que nem todos os Orgulhos seguiam a mesma tradição de Pridelands:
- Oh...tudo bem. Eu gostaria de...de vê-lo. De conversar com ele sobre algumas propostas vindas de meu reino. Aonde ele se encontra?
Tyssa arregalou os olhos e riu:
- Conversar? Você quer é matá-lo e tomar seu trono.
Edan mordeu o lábio enquanto Tyssa o fitava. Ela era esperta. O leão não perdeu tempo, desembainhou suas garras e avançou nela, que parecia já estar preparada. Em questão de segundos, Edan se viu estirado de costas no chão, com Tyssa em cima dele, pressionando a pata de leve em seu pescoço:
- Ora, vamos. É tão fraco de luta assim?
Edan se debatia, esforçando-se para ser liberto, mas Tyssa era muito forte. Porém, não parecia querer matá-lo.
Quando ele se cansou, a leoa aproximou o rosto do dele e cochichou:
- Tolo, não irei matar você, mas quase me deu vontade de fazê-lo.
Ela saiu de cima dele, que quase não encontrou forças para se levantar. Quando o fez, Tyssa se aproximou novamente:
- Possui tantas cicatrizes...agora entendi o por quê. - ela ronronou de divertimento - Um leão vagando só pela savana, provavelmente expulso do próprio reino e a procura de um novo, para se tornar rei. Começar um novo reino é trabalhoso, então ele resolve tomar um reino a força, mesmo sendo péssimo na arte de lutar. Até agora, tentou, mas perdeu miseravelmente todas as lutas em que se envolveu. Estou correta, Edan? Se identificou com esta história?
Edan bufou de ódio:
- Eu saí do meu reino porque quis!
- Não muda muita coisa. Principalmente o fato de que você é um perdedor. Acho cicatrizes atraentes, mas acompanhadas da história certa.
Edan rosnou para Tyssa:
- Pare de zombar de mim!
- Não estou zombando. Inclusive, te levarei até meu pai e posso te ajudar a matá-lo.
- Como assim?
- Não possuo relações muito estreitas com ele e...gostei de você. Pode ser um bom rei.
- Não preciso da sua benevolência, Tyssa, tampouco da sua pena!
- Bom...se é a morte que deseja, é a morte que terá. Boa-sorte Edan.
Tyssa se virou e começou a banhar-se e Edan se preparou para seguir seu rumo para longe dali, mas logo percebeu que ela falara a verdade, era um perdedor. Já se passavam luas desde que fizera sua última refeição, pois não era muito bom na caçada. Sempre recebera a comida das leoas de Pridelands, e agora que não estava mais lá...
- Tyssa, eu...me desculpe. Preciso de sua ajuda.
A princesa se virou e sorriu. Em seguida ela o conduziu até a caverna do Reino do Rio (tem esse nome porque é cortado no meio pelo mesmo rio que rodeia Pridelands) aonde Rei Baros estava adormecido. Edan resolveu que o mataria dormindo, assim não precisaria da ajuda de Tyssa, pois não daria tempo para que ele revidasse.
Antes que Edan entrasse na caverna, pôde ouvir Tyssa sussurrar quase que consigo mesma:
- Vida longa ao rei.

...............................................................

Um pouco distante dali, contra a correnteza do rio, era possível avistar um casal de leões deitados de costas na grama, observando o céu.
Ahadi aproveitava ao máximo aquele momento. Sentia a grama pinicar seu ombro enquanto franzia os olhos em direção as estrelas. Ao seu lado, Kala fazia o mesmo. Depois de certo tempo ela apontou para uma direção no céu:
- Olhe, achei uma! Ela parece uma flor...
Ahadi olhou na direção apontada por ela:
- Flor? Para mim se assemelha a uma borboleta.
Kala riu:
- Não parece muito...
- É o que eu vejo.
No momento seguinte, mais silêncio. Isso era o que Ahadi mais gostava em Kala, ela sabia se calar e fazer do silêncio um momento de paz. Uru parecia sempre consumir seus ouvidos com conversas aleatórias que ele não fazia a menor questão de ouvir.
Já fazia algum tempo em que ele e Kala se encontravam toda noite e se divertiam a sós. Logo nutriram uma boa amizade.
Uru nunca sequer desconfiou de nada e Ahadi sentia algo diferente no coração. Algo que jamais sentiu por Uru e que jamais sentiu até mesmo por seu amor de infância, Safira. Ele sabia que Kala sentia o mesmo por ele, mas os dois nunca sequer se envolveram em uma relação amorosa e Ahadi pretendia mudar tudo naquela noite. Assim que se sentisse preparado...
Kala suspirou profundamente:
- Sabe...quando eu era pequena, costumávamos nos deitar na grama eu, meu pai e minha irmã para observar as nuvens e as formas no céu...que saudades.
Ahadi se virou para ela, que continuou com os olhos pensurados no céu:
- Você...sente falta de seu pai?
- Mais do que você imagina. Essa época era especial pra mim...
Ahadi suspirou e voltou a olhar para o céu. A pergunta que fez a seguir saiu quase que automaticamente:
- Você não tem medo de magoar sua irmã?
Kala olhou para ele sem entender, que tornou a explicar:
- Você sabe...vindo aqui e se encontrando comigo, dizendo que gosta de mim. Está praticamente traindo a ela...
- Quem está traindo é você - ela disse em tom de brincadeira.
Ahadi soltou um risinho nervoso. Nunca dissera a Kala que gostava dela, mas ela estava apenas brincando. Logo ela tornou a falar:
- Mas eu entendi o que quis dizer e sinto uma pontadinha de culpa ao dizer que não. Não temo magoar Uru.
Ahadi abriu a boca para falar, mas Kala o interrompeu:
- Não venha me dizer que sou insensível mas...é praticamente um trauma de infância sabe? Desde que éramos filhotes, Uru sempre foi a melhor. Sempre conquistou a atenção de todos com suas bobeirinhas engraçadas e seus olhos arco-íris. Sempre se referiam a Uru como "A Princesa dos Belos Olhos", agora...sabe como se referiam a mim? "A Segunda Princesa", que irritante! Quando eu era pequena nem me importava com isso, mas comecei a ir me importando quando vi que ela conquistava tudo de bom e eu afundava cada vez mais no esquecimento: ela passou a ser sua namorada e a se relacionar com você, mesmo que contra a sua vontade. Ela se tornou rainha. Ela espera, agora, os bebês que nem nasceram e já são os queridinhos do Reino...ah - Kala, transtornada, se levantou da grama e se sentou de costas para Ahadi - Se eu ao menos pudesse ter olhos tão belos como os dela...pudese ter um lugar no trono...pudesse ter filhotes...pudesse ter o seu coração...
Ahadi se levantou lentamente, sabia que a hora era aquela:
- Mas...uma dessas coisas você já tem...
A leoa se virou para encará-lo, os olhos vermelhos e molhados de lágrimas. Ahadi se aproximou mais dela. Não sabia como Kala se sentia, pois nunca havia recebido mais ou menos atenção que seu irmão, mas queria vê-la feliz outra vez e tinha de tentar.
Respirou profundamente, tomou coragem e chamou por seu nome:
- Kala...
- Sim?
- Eu...tenho algo para te falar.
Ela o encarou, em silêncio:
- Eu queria dizer que esse tempo que passei com você...foram as melhores noites da minha vida. Você fez minhas noites se iluminarem ainda mais que meus dias e, atualmente, eu só tenho desejado para que o Sol se esconda logo e eu possa passar meu tempo com você...
Kala sorriu e se aproximou enquanto Ahadi tentava buscar mais palavras. Enquanto ele tentava abrir a boca para buscar mais palavras, ela o interrompeu de seus pensamentos pondo uma pata em sua boca e sorrindo:
- Ahadi...não precisa falar mais nada. Eu sei como se sente. E eu sinto o mesmo, mas...e o Juramento? Os Antigos Reis...eles podem nos castigar...
- Não, eles irão apenas castigar os envolvidos no juramento, que somos eu e Uru...mas eu não ligo Kala. Pouco me importa o que eles farão comigo porque...porque eu te amo...e tudo o que eu quero e estar com você!
Os olhos de Kala brilharam e, pela primeira vez, Ahadi pôde jurar ver refletido neles as intensas cores da noite misturadas com o profundo verde natural de seus olhos:
- Iria contra a ira dos Antigos Reis por mim, Ahadi?
- Por você, eu iria contra a ira do mundo...
Ahadi e Kala então se amaram, pela primeira vez, com um céu de estrelas como testemunha de seu puro e verdadeiro amor...mas, o que eles não perceberam era que, naquela noite, a lua cheia era escondida por uma grande e pavorosa nuvem negra de tempestade e as estrelas, pouco a pouco, iam sumindo por debaixo da mesma...
...até a noite estar completamente sem estrelas!
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Oooooolá!!!!
Para os que queriam saber como estava nosso querido Edan (só que não), cá está ele, se aventurando em reinos desconhecidos e sendo um perdedor (ninguém mandou largar a Síria) :)
Ahadi e Kala...Ahala? Ahadala? Nem sei, sou péssima com essas junções de nomes kkkkk
Mas...repararam que entre Kala e Uru...EITA, ia dar um spoiler daqueles xD
Um amor proibido acaba de nascer aí. Como será que os Antigos Reis vão reagir com essa quebra de juramento? E será que Uru vai descobrir? E se ela descobrir, como ELA vai reagir?
Não perca o próximo capítulo!
Obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Me diga, quem é você?

Olá gente!!! Tudo bem?
Bom, estou aqui trazendo uma idéia que eu vi no blog da Vitani Braga. Se chama "Me diga, quem é você?"
Consiste em você dizer quem te representa no mundo Rei Leão (só nos filmes) e por quê.
Vale até 3 personagens.
Vamos lá:

Eu sou Kovu, Nala e Mufasa.

Sou Kovu porque sofri praticamente minha vida inteira devido à certas situações. Porém, na hora do "vamos ver", não fui vingativa e não pensei em maldade. Apenas deixei de lado e segui em frente. Outra razão para eu ser Kovu é pelo fato de todos da minha família não me aceitarem como sou e tentarem me mudar, mas eu não permito ser mudada assim. Tal como Zira tentou mudar Kovu e, no final, não deu tão certo como ela imaginou.

Sou Nala porque passo por diversas dificuldades na minha vida, mas sou forte e luto contra elas e, ao mesmo tempo, sou gentil para lidar com todos sem ferir ninguém.
Não deixo nenhuma dessas dificuldades tirarem a minha doçura e meu amor pela vida e estou sempre tentando dar o meu melhor. Posso cair algumas vezes, mas sempre irei levantar depois.

E, por fim, sou Mufasa pois eu tenho fé em todos a minha volta.
Ajo sempre em prol dos outros e, certas vezes, esqueço que existem pessoas perversas, que querem fazer o mal. Por conta disso, acabo me ferrando várias vezes. Exatamente como Mufasa se ferrou ao acreditar que seu irmão Scar poderia ter um bom coração, mas foi morto por ele no fim.

E é isso gente!
Nossa...como me deu dúvida pra separar apenas esses três!
Isso porque, no fim, eu tinha praticamente um pouco de todos do Rei Leão! Eu tento deixar todos orgulhosos de mim e sempre falho, assim como Nuka tenta deixar Zira orgulhosa. Sou preguiçosa e boba, assim como Pumba. Sou teimosa, como Zira.
Façam essa brincadeira também! Quem vocês seriam no mundo Rei Leão???
Obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Conto de Dois Irmãos - Cap 3

- Grávida?
Safira concordou, dando uma lambida na bochecha de Abbas:
- Sim, e não faz muito tempo. Azali confirmou tudo!
O leão deu um largo sorriso e abraçou a amada:
- Ah Meus Reis...que notícia mais incrível! Serei pai!
- Sim, você será! Nós seremos!
Em pouco tempo todo o reino sabia da vinda do novo filhote. Ahadi nunca havia visto Safira tão feliz...e tudo graças a Abbas, o misterioso andarilho que a tirara da depressão e ganhara o seu amor...
"A quem quero enganar..." Ahadi pensava, "Por mais que eu tente, nunca fui de confiar nele..."
E decidiu, naquela tarde mesmo, conversar com Uru sobre o assunto. Ela poderia lhe dar alguma sugestão...
Foi até a caverna no início da noite, quando o reino se preparava para dormir. Como sempre, lá estava Uru. A leoa parecia mais acabada do que nunca. Seus olhos estavam negros de olheiras, seu pelo bagunçado perdera todo o brilho do cobre e parecia morto. Seus olhos arco-íris não brilhavam cor alguma além do verde morto:
- Ahadi... - ao ver o prometido, deu-lhe um sorriso cansado.
- Uru, o que houve com você?
A rainha tentou se levantar, mas pareceu não encontrar força suficiente nas pernas:
- Eu...estou muito cansada... - e estirou-se ao chão outra vez.
- Cansada? Mas você passa dias e noites aí, enfurnada nessa caverna...
- Exatamente - ela cortou o rei - Eu não suporto mais. Mas hei de aguentar...
- Aguentar para quê, Uru? Por que faz isso?
Uru arregalou os olhos para Ahadi, como se o rei estivesse louco:
- Por que? Ora, Ahadi, não vê? O mundo é tão perigoso...Posso facilmente me estressar lá fora ou sofrer um acidente e perder meus filhotes! Achou mesmo que eu não aprendi nada com o episódio de Thema?
Ahadi examinou a leoa que, outrora tão bela, agora possuía um semblante insano:
- Uru, por favor, o que ocorreu com Thema foi um acidente! Não acontecerá de novo.
- Acidentes acontecem, Ahadi, quando menos se espera, eles acontecem...não quero de forma alguma perder meus bebês.
O rei estava horrorizado pelo que via! Uru lambia a própria barriga, ainda plana, e conversava com os filhotes, como que para acalmá-los a cada instante:
- Uru - ele balbuciou - pare com isso. Isso é loucura...
A leoa virou-se para Ahadi, a expressão calma que ela usava para se comunicar com seus filhos, agora, havia dado lugar á fúria:
- Loucura é você pôr os pés nesta caverna com o propósito apenas de julgar-me. Não percebe? Estou exercendo meu cargo de mãe e não preciso de você para me ensinar como fazê-lo!
Ahadi, furioso, pensou em qualquer resposta para dar. Mas percebeu que não valia a pena, nada faria com que ela mudasse de idéia. Estava traumatizada.
Assim, deu as costas para Uru, enfurecido e confuso, e partiu para o calor da noite.
Ao sair, do lado de fora da caverna, topou com Kala. A leoa parecia ter ouvido toda a discussão, pois olhava para Ahadi de forma compreensiva. O rei a ignorou e continuou seu caminho, passando reto por ela.
Kala dirigiu-se até a caverna, para falar com a irmã:
- Uru? - ela chamou, baixinho
A rainha ergueu o olhar e sorriu meio torto
- Oh, Kala...após uma quinzena, enfim, veio me ver?
Kala se aproximou um pouco mais e se espantou com a aparência monstruosa da irmã e não perdeu tempo para alfinetá-la:
- O...o que aconteceu-lhe? Se assemelha a uma zebra abatida...
Uru não gostou do comentário e sibilou, fechando a cara:
- Como ousa? Após tanto tempo, esperava palavras doces de você dirigidas a mim...
Kala emudeceu e a rainha continuou:
- Éramos tão próximas, irmã...por quê? Por que se afastou de mim? Sinto a sua falta...
Com o rosto retorcido de amargura, Kala se afastou de Uru, murmurando:
- Não...você não precisa mais de mim.
Uru, sem entender, pediu para que a irmã voltasse e se explicasse, mas Kala já havia sumido de vista.
.............................
Enquanto isso, Ahadi se dirigia até Abbas. Se não podia conversar com Uru, o melhor era se dirigir logo á ele:
- Você quer falar com Abbas?
- Sim Safira - Ahadi falou - Onde ele se encontra?
- Ele dorme agora...
- Ah...sim, obrigado, e...parabéns pelo filhote.
Ela sorriu, desejou boa-noite e entrou na caverna para dormir. Ahadi, após beber água, foi atrás dela, entrando na caverna também...apenas para concluir que estava sem sono.
A discussão com Uru não saía da sua cabeça. Se sentia plenamente infeliz, enlaçado a uma leoa que ele nunca amou de verdade...e tudo por culpa de seu pai.
A noite estava quente, repleta de estrelas. Ahadi saíra da caverna até a ponta de PrideRock e danou-se a ficar observando as estrelas, imaginando se os Antigos Reis realmente estariam lá, olhando por ele.
Subitamente sentiu um cheiro diferente no ar. Um cheiro parecido com o de Uru, porém mais adocicado:
- Filha de Mohatu...
- Chame-me pelo meu nome.
- Lamento...não recordo de seu nome.
- Kala. Me chamo Kala. Eu sei que você se lembra de meu nome.
Ahadi virou-se para encarar a leoa. Exatamente como esperava vê-la: belíssima, como sua irmã gêmea em outros tempos:
- Sabe muitas coisas, nãe é mesmo, Kala?
Ela sorriu e se aproximou:
- Gosto de pensar que sei o suficiente.
Ahadi deu um meio sorriso e se virou. Kala sentou-se ao seu lado:
- Quer um exemplo, meu rei? Sei bem porque está aqui...
O leão permaneceu em silêncio, esperando a resposta dela:
- Tem a ver com minha irmã, não é mesmo?
Ahadi soltou um longo suspiro:
- Não sei se posso aguentar Kala...
Ela deu uma pausa antes de perguntar:
- Faz isso por seus filhos?
- Se eu pudesse, nem a teria dado mais filhos.
Kala virou a cabeça para encará-lo, mas ele permaneceu com o olhar nas escuras montanhas do horizonte:
- Não estou entendendo...você a ama?
Ahadi deu uma risada curta, que soou mais como um pigarro:
- Achei que soubesse bastante. Isso seria saber o suficiente para você?
Kala enfezou-se:
- Se não notou, vim aqui para ajudar você.
O leão, pela primeira vez, virou a cabeça, olhando nos olhos de Kala. Ela era realmente muito semelhante a Uru, mas havia algo mais de diferente. Algo além da cor dos olhos...o olhar de Kala parecia mais sábio e entendido e transpassava segurança:
- E eu pergunto: por que se importa? Nunca veio até mim interessada em saber de meu bem-estar. Nunca se aproximou para conversar comigo...por que eu deveria te dar ouvidos agora?
Kala estreitou os olhos, encarando o vermelho dos olhos do rei:
- Por que eu sou a única que você tem.
Ahadi sentiu um peso ao ouví-la pronunciar aquela frase. Como se não bastasse, ela continuou:
- Pense, Ahadi. Uru está fora de si, obcecada com os perigos do mundo. Safira, sua grande amiga, não desgruda de Abbas. Seu irmão...simplesmente desapareceu. Eu sou a única que te resta que ainda se importa.
Ahadi sentiu o rosto queimar de tristeza:
- Então, meu rei, deixe-me ajudá-lo. Deixe-me mostrar que me importo...
Ahadi sentiu uma lágrima escorrer. Engolindo bem fundo a vontade de chorar, resolveu contar:
- Kala, eu...eu não a amo. Nunca a amei. Se estou ao lado dela agora é fruto de um...um juramento aos Antigos Reis que eu não...eu não...
O leão não aguentou. Desabou nas lágrimas que haviam sido guardadas por inúmeras luas. Kala apenas o observou, imóvel. Sabia bem o que era aquele juramento. O próprio pai havia feito em tempos antigos, assim que sua esposa morrera, jurando nunca mais enamorar-se de leoa alguma.
Assistindo o rei soluçar, Kala não sabia o que fazer, até que finalmente agiu: aproximou seu rosto do dele e lambeu uma das incontáveis lágrimas que escorriam de seu olho direito.
Ahadi abriu os olhos e virou-se para ela, surpreso. Kala o encarava, cheia de vergonha:
- Ahadi, eu...preciso te dizer algo.
- O que?
 A leoa hesitou um bocado antes de falar, numa voz baixa e suave:
- Desde que era pequena...eu sempre...admirei você.



Ahadi examinou-a, confuso. Ela contraía demasiadamente os músculos e seus olhos alternavam de cima para baixo, como se ela não conseguisse encará-lo por muito tempo:
- Kala...eu não entendo. Você nunca disse muita coisa para mim.
- Pois estou dizendo agora! - Sua voz mudou completamente de entonação. Seu tom agora carregava certa urgência - Estou falando o que sinto, Ahadi. Estou falando...que amo você.
Ao som daquela frase, Ahadi sentiu seu coração dar um pulo. Olhando nos olhos de Kala ele já havia concluído. Não sabia como uma leoa podia ser tão parecida e, ao mesmo tempo, tão diferente de Uru. Enquanto a rainha não crescia mentalmente e mantinha sua mente nas soluções infantis, Kala era mais madura, mais inteligente e, ao mesmo tempo, carregava a beleza de Uru. 
Mas nunca desconfiara de seus sentimentos por ele e, agora, se via num impasse:
- Kala eu...não sei se devo...
- O  juramento, eu sei...mas eu não podia mais esconder. Sinto muito meu rei.
Com os olhos mareados, a leoa se virou em direção a caverna, andando vagarosamente. Isso levou Ahadi a pensar de forma rápida: sua vida já estava um desastre, o que seria, para ele, um castigo dos Antigos Reis? O que teria de tão ruim?
E, o que disse em seguida, Ahadi não foi capaz de dizer se foi devido a um sentimento ou devido a um desafio:
- Kala, espera!
Quando a leoa se virou, Ahadi caminhou até ela e inclinou-se até sua orelha, sussurrando:
- Nós...não precisamos voltar...
Kala sorriu e pulou em cima do rei, derrubando-o de costas no chão:
- Veremos se o rei é perito na arte da luta.
Ahadi empurrou Kala com as patas traseiras e ficou em cima dela:
- E veremos se você sabe, realmente, o necessário.
Os dois desceram da Pedra Do Rei, correndo e aos risos, sob o olhar reprovativo dos Antigos Reis.
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Finalmente mais um capítulo!!!!!!!!
Gente!!! Descobrimos, finalmente, um provável motivo do por quê Kala parou repentinamente de falar com Uru!!! 
E Ahadi...não tenho nem o que comentar!
E então? Desconfiavam disso?
Uru está beeem doidinha. Será que ela pirou de vez???
Aquele desenho? Ahm...fiz às pressas ontem de madrugada, aos gritos da minha mãe pedindo pra eu apagar as luzes e ir logo dormir -_-
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

sábado, 16 de janeiro de 2016

Falar de Guias Animais...por que não?

Ahoy pessoal!
Resolvi aparecer por aqui com uma postagem descontraída só pra suavizar o clima do blog. O próximo capítulo da história já está na metade pra vocês e devo postar hoje ainda ;)
Vou começar com uma pergunta:
Vocês já ouviram falar em Animal Espiritual?
Podem ser chamados de muitos nomes: Guia Animal, Guardião Animal e por aí vai...mas todos tem a mesma essência.
Vocês sabem o que é um? E sabe os seus significados?



Bem, vou começar do básico:
Essa é uma cultura antiga, desenvolvida pelos povos Nativos Americanos.
Pra facilitar o entendimento de vocês: acredito que a maioria aqui já viu Irmão Urso, não é mesmo?
Eu já vi pelo menos umas 6 vezes. É, de longe, minha animação favorita da Disney, juntamente com Rei Leão!



É exatamente daquele jeito que funciona o Espírito Animal! O Kenai era guiado pelo espírito do Urso, o irmão mais velho dele pelo espírito da Águia, e por aí vai...
(Só que não podemos nos transformar no nosso Espírito Animal né kkkk, pelo menos até onde eu sei...)
Tal como no filme, todos os animais tem um "significado".
Eu não usaria esse termo, mas acho ele mais simples, para que vocês possam visualizar melhor. Eu diria que, ao invés de um significado propriamente dito, eles tem uma essência. Um instinto que serve como uma lição para levarmos para nossas vidas, um ensinamento!
As vezes, os animais nos guiam para nos mostrar o nosso outro lado, a nossa outra faceta que quase nunca usamos, mas que necessitaria de mais atenção. Podemos ver isso no Irmão Urso. Kenai possuía o amor dentro dele, mas ele precisava enxergar mais esse amor. Precisava ter a noção de que o amor é ainda mais poderoso que a força e a coragem, que ele louvava tanto. E, no final do filme, vimos que ele percebeu isso. Principalmente quando ele opta por permanecer na sua forma de urso, somente para ficar com Koda, seu novo irmãozinho caçula.




E, uma vez descoberto, precisamos honrar e respeitar nosso animal.
O mais comum de acontecer é colocar expectativas antes de encontrar o animal e, quando ver a forma dele, ficar decepcionado, pois não era o animal esperado. Isso é até retratado em Irmão Urso. Kenai colocava fé no totem do Tigre Dentes de Sabre, porém quando veio o Urso do amor...ele ficou decepcionado. Pode ser um animal que você ama, assim como um que você desconhece ou acha meio sem-sal por qualquer motivo. 
Uma vez descoberto, você deverá ver as características desse animal, o seu comportamento na natureza, a sua inteligência e o seu ensinamento. Você deverá aplicar a medicina de seu animal na sua vida.
E você deve honrá-lo também, para que ele saiba que você se sente agradecido a ele. E existem diversas maneiras de fazer isso. Caso seu animal for uma coruja, você pode andar com um acessório que ao menos imite uma pena de coruja, ou enfeitar sua casa com imagens de coruja, e por aí vai...



Muitos povos nativos, assim como no filme, utilizavam um totem com a imagem de seu Espírito Animal como forma de respeito e honra ao seu Guia.
Todos nós temos um Animal Espiritual, basta que entremos em contato com ele.
Animal Espiritual NÃO é o mesmo que Therian, ou Theriantropia...isso aí já é outra coisa completamente diferente!
(E vale lembrar que entrar em contato com o seu Guia Animal não quer dizer que você irá deixar de acreditar e/ou louvar a Deus. Isso não é uma religião )
Bom...tudo que envolve espiritualidade, cultura e animais me atrai, então obviamente eu fiz o possível para entrar em contato com o meu...e consegui!!!


Então é isso gente...só queria compartilhar esse conhecimento com vocês. Recomendo qualquer um a realizar essa jornada. É uma experiência única quando conquistamos um novo tipo de sabedoria.
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

#TAG Continua Pra Mim: Capítulo 7 + NÃO serei a última :X

Oi pessoas!!!!!
Então...a MUITO tempo atrás, numa Terra Distante, num longíquo blog chamado Wild World, uma linda rainha, popularmente conhecida como Lady Gabes, taggeou a honradíssima princesa/cavaleira/feiticeira Pamela Chan para continuar seu legado na história da Maya, criada originalmente pelos Cavaleiros da Távola "#ContinuaPraMim", uma Tag muito popular e honrada através de gerações.
PORÉM a princesa/cavaleira/feiticeira PAMELA CHAN (mais conhecida como PAN), ao perceber que havia sido taggeada para continuar e finalizar o legado da Tag, sentiu o enorme peso e pressão vinda dos plebeus e populares, e quase morreu pelo Dragão-da-Responsabilidade-Pura!
Somando isso ao fato de que ela tinha uma viagem a um castelo de um reino vizinho para tratar de compra e venda de mercadorias, ela ESQUECEU que tinha sido taggeada.
Porém, a rainha Lady Gabes veio lembrar a ela de seu afazer em uma de suas postagens no blog e agora aqui está ela, cumprindo com seu dever ^_^
Ando lendo muitos contos medievais...
Bom, aqui estou eu para continuar a história da Maya, da Tag "Continua pra Mim", criada pela Julia Esther.
Eu fui taggeada a MUUUUITO tempo (ano passado .-.) pela Lady Gabes e só agora eu fui lembrar de continuar a Tag kkkkk.
Uma coisa: Eu não fazia a MENOR idéia de como continuar! Foi muita informação durante a história toda, muitos personagens esquecidos (como a leopardo com adornos negros, criada pela Lady Gabes no capítulo 4, o Raji, criado pela Eduarda Rodrigues, o "Ele"...eu tentei encaixar todos, mas não deu...) e eu fiquei muito confusa sobre o que estava acontecendo. Então, se alguma coisa estiver ruim ou errada aqui, peço perdão :'(
Vamos a história:


- Vá! Pule! - Colidius berrou.
Mais um raio.

Maya ainda não havia pulado, mas seu coração já aparentava ter cessado suas batidas. Sentia as farpas da corda arranharem levemente seu pescoço. Suas garras foram, quase automaticamente, desembainhadas quando a pequena encarava a morte de frente e se preparava para jogar-se nos braços de tal...quando aconteceu.
Uma dor lacinante atingiu seu corpo por inteiro, inicando seu percurso nas patas e percorrendo até a ponta da cauda. A leopardo cambaleou e caiu da pequena escada negra. Colidius, que até agora assistia o show plenamente satisfeito, levantou-se do trono, confuso. A escadinha, que possuía a completa parte de sua essência composta pelos pesadelos materializados de Colidius, desaparecera e Maya agora agonizava no chão. A dor latejava na região de sua cabeça e, quando a pequena não aguentava mais a dor, pontos pretos dançaram em sua visão e, logo, a consumiram por inteiro.
....................
"A história dela nunca teve um final..."
E minha história? Qual o seu final?
E a nossa história? O que nos aguarda?

Maya sentia como se um tornado de pensamentos invadisse sua mente, todos de uma vez. Sabia que eram suas recordações perdidas, porém, por mais que tentasse e se esforçasse, não podia agarrar-se a elas. Apenas deslizavam por entre suas garras, como lamúrios distantes esquecidos na penumbra de sua memória. Recordava-se apenas de palavras soltas e sem significado até então.
Como num baque, Maya se viu como uma estúpida criança, brincando de ligar os pontos com seus próprios pensamentos, as palavras flutuavam por entre sua mente...
Quando, enfim, ganhou forças e abriu os olhos, teve um vislumbre diferente do castelo de onde estava.
O local estava limpo e vazio, cheirava á Gardênias na estação da Primavera. Uma luz branca adentrava os vitrais coloridos do castelo, irradiando e espalhando suas cores pela sala branca do trono, desocupado.
A intensa brancura do local despertava imensa pressão no peito de Maya. A quietude fazia-lhe com que lágrimas brotassem de seus olhos. Era como ter saudades de algo que nem sabia o que era, como se recordar de algo que não lembrava. Essas intuições a fizeram caminhar até seu trono, bem no alto. Cada degrau que subia na escada até ele fazia seu peito apertar-se mais, com a memória de Colidius repetindo seus passos...isso Maya até gostaria de esquecer...
Ao finalmente chegar em seu trono, passou um tempo admirando. Quando Colidius sentou-se nele na noite da tempestade ele assumira a forma de sua essência original: pesadelos. Havia se tornado escuro e sem vida. Refletia apenas o negro e a sombra. Porém, agora, estava diferente. Ele era pintado e adornado todo de branco, como o resto da sala. Parecia brilhar de tão belo. Seis pequenos diamantes encrustavam-se no topo do encosto e pareciam ser colocados estrategicamente ali para refletir as luzes vindas dos vitrais transparentes acima dos coloridos e se tornarem um caleidoscópico de cores diversas. A leopardo não se lembrava de seu trono ser tão grande e tão magicamente belo. Ao sentar-se nele, porém, toda essa mágica se esvaiu. Sentiu novamente como antes, quando um turbilhão de memórias tentou invadir sua mente. Sua cabeça doía e tudo que ela queria era livrar-se dos sonhos e poder agir conscientemente...
"Impossível, Maya...os sonhos são a sua arma agora."
Maya abriu os olhos. O turbilhão havia passado. Estava jogada em um jardim. Um incrivelmente belo jardim, com Damas-da-Noite e Gardênias separadas lado a lado e Jasmins e Camélias separadas no mesmo estilo em curvas de nível. Árvores se espalhavam no ponto alto do lugar, dando a Maya a impressão de que estava completamente sem saída. No centro, uma fonte de porte mediano sob as pedras brancas do chão. Na outra extremidade do canteiro, lá estava ele:
"Você...outra vez."
Maya percebeu que não podia falar. Sua fala saiu em forma de pensamento.
Com um sorriso, ele se aproximou e ela se deu conta de que era a primeira vez que o via sorrir durante todo esse tempo:
"Ora, não faça assim, Até parece que não te satisfaz ver-me novamente."
A leopardo sentiu a boca retorcer num meio-sorriso. Não estava plenamente satisfeita em vê-lo, mas também não o odiava.
Após um longo suspíro, ela percebeu que ele a encarava com seus olhos espectrais vazios. Talvez estivesse apto a ajudá-la...ela só saberia se tentasse:
"P-por favor, me ajude! Não sei mais o que acontece comigo, não consigo entender nada. Minhas memórias se esvaíram a tanto...tudo que queria era recobrá-las e reparar tudo. Estou confusa demais. Me diga: o que tenho de fazer?"
O espectro continuou a encará-la até Maya se sentir desconfortável. O jardim a sua volta era silencioso, embora a pequena visse pássaros de diversas cores e tamanhos voarem ao redor. Ele pareceu perceber que ela reparava no jardim:
"Por acaso sabe onde nos encontramos, Maya?"
Ela negou com a cabeça:
"Este é o seu jardim...ou era, em tempos não tão distantes."
"Meu jardim?"
"Sim. E, antes de você, era meu."
"Como?"
Ele sorriu na confusão de Maya:
"Sabe...você reclamava, no início. Caminhávamos juntos por este jardim e tudo o que eu ouvia era sua birra de criança, reclamando que tudo aqui era sem cor devido ao branco sem graça das cercas e do chão. Mas você parecia não se dar ao trabalho de olhar por cima e ver as belas flores coloridas que se encontravam aqui. Você sempre foi assim..."
Maya não compreendia, como aquele ser vazio sabia tanto da sua vida?
Notando o pouco entendimento da leopardo, ele continuou:
"Porém, quando finalmente assumiu o trono...não sei. Você mudou. Nunca deixou de pôr defeito em tudo, mas passou a apreciar tanto o branco que revestiu todo o seu salão principal com ele...julgo que, caso interprete mal esse comportamento, diria que é fruto de uma homenagem...ou quem sabe não...posso estar equivocado."
Maya revirou os olhos, ele parecia estar falando mais consigo mesmo do que com ela:
"Mas uma coisa eu sei: você sentiu a minha partida."
"Como posso sentir algo por você? Mal o conheço!"
Ele abaixou o olhar e se aproximou. Pela primeira vez, Maya notou o quão eram semelhantes:
"Sei que você mente, Maya. Você pode não se lembrar, mas o seu coração nunca esqueceu. Tente. Pense com o coração..."
A leopardo olhou fundo naqueles olhos vazios, tão vazios quanto o branco do jardim. Ele brilhava tanto que tornava até difícil visualizá-lo direito, mas ela não parecia se incomodar com isso. Quase que inconscientemente, sua boca pronunciou em mudo a palavra que foi dita pela mente:
"Meu...irmão..."
Ele pareceu sorrir por debaixo da luz, que, agora, havia aumentado ainda mais:
"Quero te ajudar, minha irmã."
Maya sentiu os olhos se encherem abruptamente de lágrimas. Curvou o corpo, mal conseguindo aguentar o peso da dor. Chorou e soluçou o mais alto que pôde mesmo sabendo que ali, naquele cenário de silêncio, nenhum som era produzido. Seu irmão não se moveu. Esperou pacientemente o tempo de Maya até que ela fosse capaz de perguntar:
"Eu não entendo...irmão...como?"
"Eu era o Lorde dos Sonhos, Maya. Antes de você, eu governava os sonhos. Papai e mamãe partiram cedo, me deixando na responsabilidade de cuidar dos sonhos e da irmã pequena. Você foi criada exclusivamente por mim e, com a ajuda de alguns criados, você cresceu educada. Durante o dia éramos só eu e você e durante a noite éramos só eu e os sonhos. Eu te amei, Maya, mais que minha própria vida. Por isso, quando me foi dada a chance, eu me sacrifiquei por você."
Maya não conseguia falar. Como uma luz na escuridão, finalmente, parecia se lembrar. Caleb era seu nome. Não se lembrava totalmente, mas conseguia recordar da alegria em seu peito e do sentimento que fluía ao olhar em seus olhos:
"Colidius veio. Ele era exatamente como é hoje, exalava ódio. Ele veio em busca do colar...e de você."
"De mim? Por quê?"
"Ele sabia o que você se tornaria quando crescesse. Sabia que você era descrita nas profecias dos reinos Speciallis como a Rainha dos Sonhos mais poderosa. Com isso, Colidius, que é o seu oposto, enfraqueceria seus poderes. O mundo teria mais sonhos que pesadelos e, obviamente, não era isso que ele queria. Eu não podia deixar que ele te levasse Maya. Por isso, eu lutei contra Colidius usando o meu colar."
"O mesmo que, agora, está nas mãos de Colidius..."
"Eu lutei contra ele usando todas as minhas forças. Usando um feitiço antigo, consegui prendê-lo e exilá-lo...mas o preço disso..."
"Era a sua vida..." Maya completou, aturdida.
"Agora ele retornou...achei que poderia ajudar você. Me comuniquei com os Caelestes, mas eles já sabiam do perigo que você corria. Kala foi resignada por mim para te proteger pessoalmente como sua dama de companhia. Ela era sua melhor amiga antigamente, mas foi tarde. Sua mente e seus poderes já estavam enfraquecidos demais. Colidius venceu..."
"Não" Maya gritou em pensamento, interrompendo o irmão "Por favor, eu não posso permitir isso. Você precisa me ajudar a derrotá-lo, eu sei que eu ainda posso."
"Maya, eu não tenho como te ajudar. Não sou possuidor de poder algum e você...todos os Speciallis não são nada sem seus talismãs. Você n...ssssssshhhhhhhh
Maya arregalou os olhos de pavor. De repente, a imagem do irmão tremeluzia. Seus pensamentos pareciam fora de sincronia e ela gritava seu nome em pensamento, sem respostas. O jardim começou a se rachar em inúmeras fendas negras, porém, sem barulho algum. O espectro aturdido do irmão desaparecia. Maya corria pelo cenário e gritava por ajuda sem som algum. Quando deu por si, a pequena leopardo caía em uma fenda aberta sob seus pés...
................................

Quando abriu os olhos novamente, Maya estava de volta a realidade. Colidius ainda estava de pé, exatamente da mesma forma em que o deixara quando desmaiou. Penteava sua juba negra para trás com as patas e seus olhos, pequenas fendas amarelas, brilhavam de surpresa. Se perguntou quanto tempo havia passado e o que faria agora:
- Vamos, levante desse chão!
Maya se levantou. Se sentia fraca e quase não conseguiu perguntar:
- Há quanto tempo estou aqui caída?
Colidius franziu o olhar:
- Que tipo de pergunta é essa? Perdeu a memória?
- Não não...só queria saber...
- Acabou de cair da escada, se isso responde sua pergunta. Estava prestes a pôr um fim na própria vida miserável. Deve ter se emocionado e escorregado na própria vergonha.
Maya concluiu que, talvez, seus sonhos tivessem parado o tempo. Ou talvez tivesse aberto uma fenda no tempo-espaço, não conseguia concluir, mas o tempo que passou nos sonhos era completamente diferente do tempo na vida real, sempre desconfiava disso e, agora, posuía a prova.
A leopardo se levantou, vagarosamente, aos berros de Colidius:
- Vamos, Speciallis imunda, mate-se. Você ainda tem tempo. Nada resta para você a não ser morte!
Novamente a corda e a escada materializaram-se na sua frente, compostas apenas de material negro gritante dos pesadelos de Colidius.
Maya olhou para a forca pendurada. Era tentador fingir que nada acontecia se jogando nos braços da morte, mas ela sabia que não podia. Seu irmão...havia dado a própria vida a Colidius para salvar a dela e ela não ia simplesmente fazê-lo pagar tão caro por nada. Iria honrar e vingar a morte de seu irmão, mesmo que ele disesse que não havia como. Encontraria uma saída:
- Não, Colidius. Não fará comigo o mesmo que fez a ele. Não terei o destino de meu irmão.
Colidius abriu os olhos amarelo-âmbar e sorriu. A brancura dos dentes em contraste com seu pelo negro lhe caía como uma máscara de horror:
- Andou sonhando, pequena Maya? Me impressiona saber que recorda ao menos do seu estúpido irmãozinho.
- Não farei o que você quer, Colidius. Não me entregarei assim.
- Os sonhos temporais. É claro. Você os andou tendo, não é mesmo?
- Que seja. Não te darei o gostinho de minha morte!
Colidius rosnou:
- Guardas, levem-na de volta!
Maya trincou os dentes de ódio e, então, se deu conta. Antes que os guardas a arrastassem até sua fétida cela outra vez, ela mordeu a pata do leão que a escoltava e tampava sua boca e gritou:
- Colidius, você com esse amuleto...não é nada! Você com os cordões Speciallis não possui poder algum! Você tem os amuletos deles, Colidius, mas sua essência é composta por pesadelos...saberia você como fazer proveito de meu colar?
Colidius examinou o colar e, em seguida, franziu os olhos numa fenda sarcástica enquanto os guardas faziam força para levar Maya de volta:
- Oh mas...de que adianta me dar lições de moral de algo que não sei fazer se você também não o sabe?
Maya sentiu a boca se abrir, como um reflexo, pronta para disparar palavras em sua defesa mas, infelizmente, não as encontrou. Ele estava certo. Em outros tempos talvez até manejasse corretamente aquele tão precioso amuleto, mas agora...desconhecia seu passado. A pequena leopardo gaguejou:
- Se não sabe como usá-lo...por quê? O que pretende fazer com isso?
- Não vê? Este pequeno colar é repleto de energia, rodeado de luz. Eu posso sentir...posso sentir, sem ao menos tocá-lo, todo o seu poder...e este não é o único...
Colidius estalou os dedos e uma caixa negra surgiu a sua frente. Ela se abriu e foram revelados vários amuletos de cores e tamanhos diferentes:
- Não sei bem como usá-los, pequena, mas sem eles vocês Speciallis não passam de lixo inútil. Perdem os poderes, perdem o lugar no equilíbrio da Terra...perdem tudo! E, assim, eu fico mais poderoso apenas por meio da comparação. Em relação a vocês, eu sou muito mais forte!
- Você é um exilado inútil, Colidius. Foi banido pelos Caelestes e pelo meu irmão! Você vive á margem de nós. Você é o lixo inútil aqui!
Colidius rugiu e ordenou aos guardas para baterem em Maya. A leopardo foi agredida de todos os lados enquanto percorriam o corredor e jogada como um saco de lixo dentro da cela outra vez. Lá dentro, Kala esperava por ela e voltaram a se comunicar pela mente:
"Como foi a convrsa com nosso agradável Colidius?"
Maya franziu os olhos para a companheira:
"Você...porque não me contou? Porque não me falou de meu irmão?"
Kala aproximou da leopardo, tocando seu ombro:
"Eu...me desculpe Maya. Você teve um sonho temporal não foi? Ouvi os berros de Colidius. Ele deve ter se revelado para você."
"Por que não me contou?"
"Achei que não teria necessidade. Não queria trazer sofrimento desnecessário a voce. Me perdoe."
Maya abaixou o olhar. Era impossível se zangar com Kala:
"Tudo bem. Precisamos agora encontrar uma maneira de derrotar Colidius e devolver os amuletos aos Speciallis...mas não faço a menor idéia de como fazer isso. Sem meu amuleto, não tenho poder algum."
Kala sorriu:
"Seu irmão não te contou, Maya?"
"O quê?"
"Você é a Rainha dos Sonhos mais poderosa que existe ou já existiu..."
"Sim, ele me contou sobre isso"
Kala aproximou de Maya até seus focinhos quase se tocarem:
"Não se subestime, Maya, nunca! Você é dona de uma força descomunal, apenas precisa aprender a usá-la."
Maya sentiu seu corpo esquentar enquanto gaguejava:
"M-mas...Colidius disse..."
"Colidius é um manipulador! Ele te diz coisas que quer que você acredite, ele manipula tudo para que você aja como ele quer que aja! Não caia nas armadilhas dele Maya. Você é dona do poder absoluto!"
Maya se sentiu tonta. Deu uns passos para trás e caiu sentada na palha fedida da jaula. Kala torceu o focinho com um sorriso na boca e falou:
- Bem...eu urinei aí, se não se incomodar...
- Eca!
Maya trotou para longe e se pôs em frente a Kala novamente, voltando a se comunicar com ela:
"Você quer dizer que, mesmo eu mal podendo me aguentar em pé, eu sou forte? Chega a soar ridículo..."
Kala virou os olhos:
"Você não faz idéia de seu poder. Por que acha que Colidius tentou sequestrá-la?"
"Ele só tentou uma vez!"
"Até agora ele se encontrava preso pelo feitiço de seu irmão, mas, não sabemos como, ele conseguiu dominar um feitiço de reversão e escapou das grades. Só agora ele está atrás de você novamente. Você é a única que pode detê-lo, pois você é o seu oposto!"
Maya não se sentia nem um pouco poderosa. Ao examinar-se a si mesma na tina de água, via uma leopardo fêmea comum, repleta de olheiras. O pelo dourado pintado estava completamente emaranhado e seu olhar era vazio, sem esperança ou brilho algum. Parecia acabada.
Kala pôs uma pata em seu ombro:
- E saiba, Maya, que eu sempre estarei junto de você. Sempre! Eu sou sua mais fiel companheira e escudeira...nunca deixarei você.
Maya sorriu e abraçou a amiga:
- Muito obrigada Kala...não sabe a importância que tem para mim.
Kala murmurou qualquer coisa e se virou para Maya, tornando a se comunicar com ela:
"Seu irmão te contou sobre seu prometido?"
"Meu o que?"
"Sobre Raji..."
"Raji?"
Maya recordou-se do nome e contou para Kala que, não havia muito, sonhara com um leopardo chamado Raji. Kala mordeu o lábio:
"Isso é um mau sinal..."
"Por que?"
"Não é hora para pensarmos nisso. Você precisa usar de seu poder para derrotar Colidius...sem seu talismã."
Maya olhou receosa para Kala e falou:
- E você...me ajudará, não é mesmo?
Kala sorriu e pegou na pata da amiga:
- Sempre...
----------------------------------

Ok, decidi que não escreveria o final da história kkkk (borrando as calças).
Vou taggear uma última pessoa: Julia Esther!
Você começou a história e, agora, terminará ela ;D
Bem melhor ser você a terminar ela, pois aí verá com outros olhos o monstro que fez a gente criar, kkkkkk!!
Espero que tenham gostado!
Obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Conto de Dois Irmãos - Cap 2

- Uru, como se sente?
A rainha, deitada no fundo na caverna, levantou a cabeça e sorriu com a visita das queridas amigas:
- Gana, Nijalma...eu estou bem. Agradeço por virem!
Gana deu uma corridinha até Uru e acariciou sua barriga:
- Dois...Quem diria ein?
Nijalma veio silenciosamente caminhando atrás da amiga, falando com sua característica voz doce e suave:
- Sabemos que não somos mais suas tratadoras mas...sabe como é. É meio difícil largar os velhos hábitos!
Gana se levantou, sorridente:
- O que a comadre aqui quer dizer é...que nos sentimos responsáveis por ti, mesmo que cuidar de você não seja mais nosso papel. Sinto que nós estamos precisando de filhotes nossos para nos ocupar...
Uru gargalhou. Aquelas duas sabiam exatamente como divertí-la:
- Sem incômodo, meninas. Ter vocês por perto realmente alegra meu dia.
As três leoas passaram aquela manhã inteira juntas. Havia se passado apenas um dia desde que Uru descobrira sua gravidez. Desde então a preocupada rainha havia tomado uma decisão extrema: não sairia da caverna por nada e, de maneira alguma, levaria seu emocional ou o seu físico a níveis extremos. Depois do incidente com Thema, tudo o que Uru queria era preservar e proteger seus filhos o máximo que pudesse, afinal, conhecia a dor de perder um filho e não queria vivê-la novamente.
Porém isso havia prejudicado o reino. O grupo de caça das leoas não contava com Uru, mas elas agora tinham trabalho extra. Uru não saía da gruta nem para comer. Isso fazia com que elas fossem obrigadas a apanhar uma caça extra para ela, para que tivesse sempre comida ao seu dispor pois, agora, a leoa comia por três. Não era sempre que elas conseguiam e quando fracassavam, o reino era obrigado a comer menos, para que Uru tivesse um pouco que comer.
Enquanto isso, do lado de fora da caverna, Síria caminhava pela savana, tensa e com os olhos ardendo em lágrimas. Ahadi, que a observava tinha um tempo, foi até ela e descobriu o motivo de sua aflição, procurava, sem sucesso, por Edan que havia sumido:
- Como Síria? Como ele pode ter desaparecido?
- E-eu não posso saber, meu Rei. Acordei pela manhã e ele não se encontrava na caverna. Discutimos ontem, ele mencionou que o desejo de leito do seu pai era que...que...
Uma voz interrompe a leoa:
- Síria...
Síria olhou para trás, na direção da voz, e avistou Abbas, pela primeira vez, sem Safira ao seu lado. Ostentava uma expressão sombria e os olhos opacos de tristeza que combinavam perfeitamente com a manhã cinzenta e nublada:
- Eu estava te procurando, preciso te contar que...Edan fugiu.
A leoa arregalou os olhos púrpuras, com um brilho incrédulo. Tentou falar algo, mas parecia aturdida demais para formar a frase certa:
- Mas...não...ele...
- Não entendo - Ahadi balbuciou - Por que fugiria?
Síria desabou no chão, em lágrimas. Abbas e Ahadi a confortaram. Seu corpo se contraia na grama a cada soluço soltado e a jovem leoa raspava a terra com as garras. Ahadi também estava entristecido e queria compreender o motivo da fuga do irmão:
- Ele...f-foi covarde o suficiente para...não se despedir...de nós duas...
Ahadi acariciava a cabeça da jovem com a pata:
- Duas?
Síria continuou chorando, como se não ouvisse sua pergunta. Enquanto a leoa soluçava, Ahadi perguntou a Abbas o motivo da partida de Edan:
- Ele não contou para você, meu rei?
- Não...não me contou nada...
Abbas puxou o ar, nervoso:
- Eu estava no terceiro sono quando Edan me acordou pela madrugada. Pelo pouco que convivemos juntos, você deve saber que Edan e eu formamos um bom laço de amizade...
Com isso Ahadi concordava. O imenso carisma de Abbas o tornou um grande amigo de todo o reino praticamente, inclusive do irmão:
- Sim, eu sei - Ahadi suspirou, ainda acariciando Síria com a pata. A leoa havia parado de esganiçar e ouvia atenta a conversa dos dois, ainda fungando  - Prossiga.
- Ele me chamou para fora da cova e, lá, me contou sobre o último pedido de Dallas para ele.
- Meu pai? Que pedido ele fez?
- Ele queria que Edan fugisse das Terras do Reino, pois não teria futuro algum aqui. Sonhava em ver o filho mais novo sendo um rei tão glorioso quanto o mais velho, e que Edan escapasse e encontrasse um reino novo para governar.
Ahadi sentiu o coração apertar com uma mistura homogênea de ódio e tristeza. Olhou para o céu nublado e matutou um bocado: será que Dallas realmente merecia se juntar aos Antigos Reis nas estrelas? Tudo que havia causado à seu reino e sua família fora ódio e destruição. No chão, toda contorcida, a jovem companheira de Edan, soluçando, era uma prova viva disso:
- Ele...ele comentou com você que fugiria? - Ahadi perguntou, a voz tremeluzindo de desgosto.
- Sim, meu rei.
- Ele...ele...explicou o por que de não ter se despedido...de mim? - Síria se levantou do chão, conseguindo, finalmente, falar alguma coisa.
- Ou de mim - Ahadi acrescentou - Eu sou seu irmão mais velho. Ele podia me contar tudo! Eu sempre iria apoiá-lo!
- Sim, ele explicou o por quê - disse Abbas - Permitam-me filosofar um bocado, Edan era...é um jovem leão que, por mais que adoremos, não podemos descrever.
- Que quer dizer com isso?
- Meu rei, apenas pense comigo: Edan possuía uma personalidade, mas sempre tratou de escondê-la, como um suricato que se esconde em sua toca. Não podemos culpá-lo, vivia na sombra de seu temido pai, o poderoso Rei Dallas, O Injusto, como ficou conhecido aqui em Pridelands após sua morte. Essa fama não é a toa, afinal, ele era injusto até com seus próprios filhos, estou errado, Ahadi?
O jovem rei não sabia como Abbas conhecia tanto do reino, sendo que acabara de chegar...
"Ah, óbvio" Ahadi pensou em seguida "Ele e seu carisma inegável falam com todo o reino. Já devem ter contado todo o tipo de histórias sobre Dallas para ele."
- Não, você está certo Abbas - Ahadi falou.
- Excelente. Por conta disso, Edan se escondia por trás de seus medos. E, nessa ocasião em especial, ele agiu por impulso e por medo...tinha medo de julgarem ele por estar partindo no calar da madrugada, tinha medo de despertar a ira de seu pai caso negasse seu pedido, tinha medo de que Síria nunca o perdoasse...
Síria olhou para Abbas, incerta. Parecia confusa.
- Ele tinha muitos medos - Abbas continuou - Não falo isso apenas por ser seu grande amigo mas...ele merece ser perdoado por nós. Mesmo que não esteja mais aqui, devemos desejar a ele votos de esperança.
Ahadi concordou com a cabeça, mas Síria retorceu o semblante de ódio:
- Não...ele me deixou...eu não permito...
E então a leoa desembainhou as garras e partiu para cima de Abbas. Ahadi segurou a leoa, que se esperneava e gritava:
- Como você pôde??? Como pôde deixar que Edan fugisse e me deixasse aqui????
Ahadi fazia força quando, de repente, ela se contorceu ao sentir uma fisgada de dor na barriga e caiu com o corpo mole na terra escavada.
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Quando a jovem acordou, Azali pressionava ervas em sua barriga e cantarolava músicas, a primeira impressão, sem nexo para Síria. Ao vê-la abrir os olhos, a curandeira sorriu:
- Você enlouqueceu? - ela falou, gargalhando um bocado.
- Como assim...?
Azali fechou sua expressão:
- Ahadi e Abbas te trouxeram aqui. O que tem em mente? Você está grávida, Síria. Seu bebê nascerá em breve, como pode explodir desse jeito? Prejudica ao bebê e a você. Não se lembra do incidente com a rainha Uru e a princesa Thema?
Síria sentiu a pressão da culpa no peito:
- Oh não...por favor, me diga que a minha filha está bem...
Azali voltou a rir:
- Sim, ela está ótima. É uma menina bem forte, pelo que me parece, tem atitude!
Síria sorriu e suspirou, aliviada:
- Com certeza...atitude...
E permitindo que Azali continuasse com a cantoria, acariciou sua barriga inchada. Se não haveria a figura de pai para cuidar de sua pequena não haveria problemas, seria ambos mãe e pai para sua Sarabi.
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Hellooo people!!!!!
Meu Deus, eu tô chocada comigo mesma, como isso pôde acontecer? Como pude ficar tanto tempo sem postar?
Bom, o que interessa é que ontem de noite eu finalmente voltei da casa do namorado da minha mãe...sim...foi...cansativo...
E agora eu volto a postaaaar ^_^
Esse foi um capítulo meio cuspidinho...mas eu tentei fazer ele se sobressair ao máximo (desculpem-me se falhei :( me perdoooem!) o próximo capítulo eu prometo que será mais legal :) Esse foi mais focado na dor de Síria por perder Edan e o fato de ela não desistir de sua filha, mesmo o pai tendo deixado elas duas.
Eeeeeee...BANG!!!! Destruí as teorias de voceeeesss ^u^
Edan e Síria não terão Zira, como a maioria comentou na postagem da Árvore Genealógica, eles terão Sarabi!
Mesmo assim passaram perto, afinal, Zira e Sarabi se parecem muito!
Eu fiz Síria tão parecida com Sarabi que achei que vocês acertariam de primeira kkk.
Então tá gente, espero que me aceitem de volta de bom grado e não se zanguem comigo por ter ficado fora tanto tempo \o/
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

GENTE!!!!!!

Aaah! Meu Deus eu tô a muuuito tempo sem postar (não diga?)! Que coisa horrível! Eu sou horrível! Me perdoem por favor!!!
Finalmente consegui acesso a Internet e vim aqui esclarecer meu sumiço...sabe a casa do namorado da minha mãe? Então, cá estou eu de novo!!! É!! Uau.
Já passei 4 dias aqui...QUATRO!!!! EU TÔ PIRANDO! QUERO MINHA CASA!
E, sinto muito, mas eu não sei exatamente quando que volto pra casa (queria estar morta). Mas eu juro pra vocês que vou dar meu jeito e postar o próximo capítulo algum dia desses! BEIJO