segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Conto de Dois Irmãos - Cap 14

Pouco tempo havia se passado.
Embora o tempo passe igual em todos os lugares do mundo ele também passa, de certa forma, diferente de cada um para cada um.
Nas Terras do Reino o tempo percorria sua trajetória de forma lenta, devagar. Se arrastava num marasmo intenso, como se teimasse em não sair do lugar. O tempo passa assim para aqueles que esperam ou para aqueles que perderam e, em PrideLands, aninhavam-se em conjunto ambos os sentimentos.
Às periferias do reino, as leoas aprumavam-se todas, passando a língua rapidamente por toda a extensão do peito e esfregando as patas pelo rosto. Era a estação da primavera, época do calor. Não no clima (este estava perfeitamente agradável), mas sim nas fêmeas. Em geral, grande parte das donzelas estavam aptas para acasalar nesta gloriosa época do ano, por isso, no primeiro raiar do sol primaveril, todas correram para as distantes fronteiras norte e sul do reino, de onde Priderock poderia perfeitamente ser vista, o que facilitava a vinda de leões nômades andarilhos para esses lados do reino.
Ahadi não havia se posicionado de forma negativa perante a situação e, quando confrontado, simplesmente concordou, desde que os forasteiros mantivessem distância de confrontos diretos com ele e de estadia no reino. O único macho aceito ali seria Abbas.
Outro decreto seria o exílio de filhotes machos quando estes atingissem a idade adulta, algo bem comum nos demais reinos. Portanto as leoas podias ter seus encontros sem medo...e não demorou para que os machos aparecessem atraídos pelo aroma agradável de fêmeas ovulando.
Em pouco tempo, várias fêmeas do reino, com exceção das mais velhas, estavam grávidas.
E em menos tempo ainda, o reino de Ahadi estava repleto de filhotinhos brincalhões e travessos.
.................................................
- Ahadi...
O leão abriu os olhos. Se encontrava num deserto escuro de areias acinzentadas. A lua cheia teimava em querer aparecer no céu, mas era sempre ocultada pelas nuvens trazidas do Sul por uma brisa gélida, semelhante àquela que ocorria no inverno.
Ahadi não sabia onde estava, sequer como havia parado ali. Começou a andar na direção do vento, não havia encontrado solução melhor. Tentou encontrar um aroma conhecido de Pridelands, mas as areias do deserto sequer possuíam algum cheiro.
Não havia caminhado muito quando tornou a escutar a mesma voz, sussurrando seu nome:
- Ahadi...Ahadi...
- Quem está aí? - o leão parou e rugiu
A poeira do deserto voava com a ventania que, subitamente, havia aumentado de intensidade. A juba vermelha de Ahadi voava bruscamente conforme o vento mudava anormalmente de direção. O rei sentiu um leve aperto no peito...conseguia sentir uma presença naquele lugar.
Das nuvens que cobriam o céu formavam-se relâmpagos, seguidos de estrondosos trovões que, aos ouvidos do rei de Pridelands, se assemelhavam muito a um rugido de leão. Agora, a poeira que se levantava com a extensa ventania era tão grande que impedia Ahadi de enxergar, obrigando-o a fechar os olhos para que sua visão não fosse danificada por um grão de areia caído em seu olho. Aos poucos, porém, o vento foi novamente se acalmando e, ao abrir novamente os olhos, Ahadi o viu. Sua imensa juba e seu olhar pesado pairavam sobre ele entre as nuvens, obrigando-o a balbuciar e fazer uma mesura exagerada:
- P-papai...
- Ahadi...
A voz de Dallas era grave e poderosa, que ecoava através das dunas do deserto. Por entre as nuvens, o Antigo Rei parecia possuir uma feição mais jovem e iluminada, mesmo com seu semblante sério habitual:
- Ahadi, meu filho...
O leão fixava seus olhos vermelho-sangue no céu que agora possuía a silhueta iluminada de seu pai. Não sabia como agir, tinha tantas coisas pra falar...mas nenhuma palavra conseguia sair da boca de Ahadi tamanho o seu espanto e admiração.
O espírito de Dallas emitiu um rugido e encarou seu filho novamente, recitando com sua poderosa voz:
- "Em nome dos Antigos Reis e dos Reis que estão por vir, do velho e do novo, do inverno à primavera, eu declaro, para todos que possam ouvir, em nome de meu poder sobre essas terras...sobre todas as Terras do meu Reino, declaro a união eterna..."
Ahadi arregalou os olhos, lembrava daquelas palavras. Lembrava claramente do dia em que fora prometido à Uru contra sua vontade. De repente, as nuvens no céu se uniram em espiral acima de Dallas e Ahadi, raios partiam o céu num brilho intenso e o vento, novamente, levantava a poeira das dunas arenosas do lugar:
- Resista...meu filho...
A poeira levantada era bem mais forte agora, formando uma tempestade de areia que vinha bem na direção de Ahadi. O rei não conseguia se mover, em choque. Pôde apenas fechar os olhos antes de abri-los novamente. Estava deitado imerso na escuridão vazia da caverna. Do lado de fora, porém, os fracos raios do sol que nascia tentavam entrar para dentro da gruta, sem sucesso.
Uma silhueta de leoa vinha em sua direção. Pelo cheiro o rei já sabia de quem se tratava:
- Ahadi.
- Uru...o que deseja?
A leoa bufou, revirando os olhos:
- Como pode estar dormindo a uma hora dessas? Não me diga que esqueceu o dia de hoje...
O rei tentou, meio zonzo de sono, exercitar seu cérebro e lembrar de algo importante, mas era realmente difícil de fazer isso quando se acaba de acordar. Principalmente depois de um sonho daqueles.
Uru rosnou bem baixinho:
- Hoje Tau e Mufasa completam 4 luas cheias...
Ahadi, então, se lembrou:
- Ah sim. A Cerimônia de Rafiki...
- Sim.
O leão suspirou:
- Acha mesmo necessário? Nunca nenhum rei fez isso nessas terras, mesmo quando eram divididas.
- Rafiki pode ser jovem, mas viajou por vários reinos. Não se lembra do que ele nos contou sobre o Reino Branco, bem aos pés do Monte Branco do Kilimanjaro?
Ahadi grunhiu:
- Sim...eu me lembro...
- Essa cerimônia trará paz e prosperidade ao futuro de nossos filhos. Os leões do Reino Branco são conhecidos por sua sabedoria e respeitados por toda a savana. Podemos até adotá-la como uma cerimônia oficial...
Ahadi mantinha os olhos fixos em outro canto da caverna, o que fez a rainha se irritar:
- Ahadi, você está prestando atenção?
- Sim Uru, vamos fazer a cerimônia...
- Então levante-se. O sol já nasceu e está quase em seu ponto fixo no céu. Todas as leoas já acordaram.
Ahadi bocejou, espreguiçou todo o corpo e saiu da caverna bem a tempo. O sol já iluminava a ponta de Priderock e todos os animais da savana já estavam reunidos ali graças às mensagens enviadas para eles através do vento por Rafiki.
Uru estava deitada na base da rocha principal, segurando Tau e Mufasa nas patas. Os filhotes, que já eram grandes o suficiente para caminhar e falar o básico, já haviam sido informados pela mãe de uma necessidade de comportamento naquela manhã.

Resultado de imagem para Mufasa and Taka presentation

O jovem Rafiki saiu do meio da multidão de animais, sob o olhar de Azali. Subiu até a pedra, cumprimentou Ahadi e foi até os filhotes reais, espalhando um sumo de fruta na testa de cada um enquanto orava pedindo a proteção dos Antigos Reis sobre eles. Após feita a oração, pegou os dois em suas mãos, mas Uru o interrompeu:
- A cerimônia não é para ser realizada apenas com o herdeiro do trono?
Rafiki virou-se para encarar a rainha:
- Sim, é sim majestade.
- Bom, nesse caso Mufasa pode ficar aqui. Realize a Apresentação Real apenas com Tau.
Rafiki olhou em volta, nervoso:
- Majestade, não acha que Ahadi ficará enfurecido com isso?
Uru bufou:
- Ele tem tanta dominância quanto eu tenho sobre este reino. Vá Rafiki, faça o que lhe pedi.
O mandril, nervoso, não soube o que fazer. Ahadi, de longe, percebeu a inquietação do xamã e veio em seu encalço:
- O que está havendo? Parece nervoso Rafiki, algo deu errado?
Rafiki lançou um olhar de repreensão à Uru, que se limitou a um rosnado baixo:
- Não, meu rei, está tudo bem. Apenas alguns desentendimentos...
- Entendo. Vá logo antes que passe muito tempo.
Rafiki caminhou com os dois pequenos até a ponta de Priderock e ergueu-os bem no alto. Os animais fizeram festa e se curvaram perante aos príncipes. O sol começava a iluminar a ponta da pedra neste momento, ficando bem em cima dos irmãos.
Após a cerimônia, Abbas foi até Ahadi. Os dois leões conversavam todos os dias e pareciam ser bastante íntimos. Ahadi parecia possuir um amigo de verdade, que realmente lhe desejava o bem:
- Vim parabenizar você, Ahadi, e à rainha Uru pela apresentação. Seus filhos são realmente ótimos príncipes.
Ahadi sorriu:
- Agradeço-lhe Abbas.
O leão reparou em Ahadi, ele não parecia muito tranquilo:
- O que houve majestade? Me parece meio transtornado...
- Oh, não se preocupe. É que, bem...eu gostaria de lhe fazer uma oferta que eu espero muito que aceite.
Abbas sorriu:
- Tudo pelo meu melhor amigo.
Ahadi agradeceu:
- Estou necessitando de patrulheiros para vigiarem as fronteiras do reino. Algumas leoas foram selecionadas mas quando elas entram em sua época de calor...sabe como é. Se distraem com qualquer macho desavisado. Então eu gostaria de oferecer a você o cargo de líder da patrulha. Eu costumava liderar eu mesmo, mas prefiro me dedicar mais aos meus filhos agora. Em breve já terão idade para as primeiras lições reais.
Abbas acenou com a cabeça:
- Aceito o cargo com prazer meu amigo mas...irá começar as lições reais tão cedo?
Ahadi lançou ao amigo um olhar preocupado:
- Sim. Preciso decidir logo qual será o mais apto para o trono pois me parece que Uru anda querendo, digamos, "sabotar" a escolha. Consigo perceber, embora ela ache que não.
Abbas revirou os olhos:
- Problemas com Uru novamente? Entendo...ela não me parece uma leoa fácil.
O rei suspirou, cansado:
- Você nem imagina amigo, nem imagina...
--------------------------------------------------------------------------------

OLÁ MEU POVO!
E então? Uru já demonstra sua clara preferência pelo filho de sangue, será que ela irá conseguir bajular Ahadi?
Abbas parece ter ganho uma posição importante no reino, além de ser o melhor amigo do rei. Como será isso na vida dele?
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA (isso é só um título chamativo)

OLÁ PESSOAS!
OLHA QUEM VOLTOU KKKK (Me mata)

Adivinhem quem sumiu?
Isso meeesmo, a PAN. A mesma Pan que voltou SÓ AGORA DEPOIS DE QUASE, SEI LÁ, UM ANO!
Já sei, já sei...querem motivos do meu sumiço não é mesmo?

1 - A depressão atacou forte, não conseguia fazer praticamente nada e dormia o dia inteiro para aliviar um pouco a dor...graças aos Antigos Reis o acompanhamento psicológico tem me ajudado muito e me trazido forças pra voltar a fazer o que eu gosto!

2 - Graças ao item listado acima, tenho ido de mal a pior na escola e estou vivendo, no momento, uma luta atrás do tempo perdido pra recuperar as notas e passar de ano.

3 - O computador pelo qual eu estava escrevendo resolveu parar de entrar na internet, para piorar minha situação kkkkk.

Pois é gente. Sem contar que, depois que minha crise melhorou um bocado, passei por um período em que comecei a achar que tudo o que eu fazia era errado e ruim. Eu escrevia um capítulo da história e depois o descartava achando que estava péssimo, tendo vergonha do meu próprio trabalho...
Ao desabafar isso pra minha namorada e pra minha melhor amiga, ambas me disseram que eu estava agindo totalmente errado. Eu até sabia disso, mas parecia que eu havia entrado num ciclo vicioso...é difícil explicar.
Maaassssssss....NÃO SE PREOCUPEM! Tudo está melhor, eu juro :-)
(Menos o computador, ele não está melhor não coitado. Estamos pensando até em chamar um técnico aqui em casa...)
Não sabem  como estou feliz de estar aqui escrevendo para vocês de novo. Eu estava realmente com saudades :')
Mas agora chega de falar de mim. E vocês? Ainda interessados na história? Kkkkk
Vou precisar reler alguns capítulos para lembrar onde foi que eu parei e voltar a escrever de novo '^^
Querem que eu volte?

Bom, como um pedido de desculpas vou deixar aqui o trecho de uma história que eu estava escrevendo em paralelo com a história original aqui do blog, antes dessa depressão louca me derrubar.
É meio que um yaoi sobre um artista falido meio despirocado da cabeça chamado Aidren e um homem estagiário (ainda vou decidir com o que ele trabalha e o nome dele kkk) que vive com a irmã mais velha, noivo de uma mulher meio paranoica e que considera sua vida como algo bem normal...até conhecer Aidren.
Eu escrevia ela e salvava como um rascunho aqui mesmo e nunca nem cheguei a mostrar à vocês até hoje. Espero que gostem e que isso sirva como um presentinho de desculpas :)
Ah, lembrando que quem narra a história é o personagem principal, o cara sem nome ^-^

-------------------------------------
- Se pretende se matar, não tome apenas uma cartela inteira de Antidepressivo. Não vai surtir efeito.
Ele virou a cabeça bruscamente em minha direção, me encarando com os olhos assustados. Olhei para a cartela de remédios em sua mão e suspirei...já desconfiava que o resultado fosse ser esse desde que o vi totalmente bêbado pela manhã e, se eu o conhecia bem, iniciava-se ali mais uma sessão de mentiras:
- Aqui - estendi outra cartela de remédios em sua direção - Misture o Antidepressivo com Omeoprasol.
Ele olhou nervoso para a cartela e depois para mim, como uma criança que acabara de ser pega desrespeitando ordens:
- O que está fazendo? Como entrou aqui?
Apontei para a porta aberta do banheiro, dela escapava a música que vinha da sala misturada com o riso estridente de Johanna e dos outros:
- Se há uma regra que suicidas e crianças arteiras conhecem bem é a de sempre trancar a porta antes de fazer qualquer besteira. Não aprendeu ainda?
Ele não respondeu. Não era como se eu esperasse uma resposta, sabia bem suas intenções e suicídio com certeza não podia ser uma delas.
Coloquei a cartela de Omeoprasol em cima da bancada, ao lado de um copo cheio da Vodka que ele usara para se embriagar mais cedo e fui até o vaso sanitário, levantei a tampa e abaixei minhas calças, sentindo o olhar incrédulo dele pousar sobre mim:
- Não se sinta interrompido, pode continuar.
- Vai mesmo mijar enquanto tiro minha vida?
- Ora, que mais posso fazer?
Ele voltou a encarar o espelho com a expressão pesada enquanto destacava cada comprimido da cartela e os depositava ao lado dos antidepressivos na bancada. Enquanto vestia novamente as roupas de baixo, quase pude prever as palavras que ele diria a seguir:
- Apenas...não me interrompa...
Dei descarga e abaixei a tampa do vaso, sentindo meus ossos estalarem ao sentar em cima dela:
- Como posso interromper algo que você não pretende sequer começar?
Ele tirou os olhos do espelho e fixou-os em mim outra vez:
- O que quer dizer com isso? Está subestimando a mim ou o quê?
- Acalme-se, não estou subestimando ninguém - disse, erguendo minhas mãos - Só garanto que essa não é sua vontade. Você não quer tirar sua vida, Aidren.
- E ainda possui a audácia de achar que me conhece... - ele virou o corpo para mim, depositando a cartela de remédio na bancada. A trilha vermelha de cicatrizes horizontais em seu braço esquerdo estavam mais visíveis que nunca. Quando voltou a falar, sua voz arrastava e quase não pude entender o que dizia - O que pretende? Que eu concorde com você? Sim, você me conhece. Me conhece a ponto de saber de todas as minhas fraquezas. Me conhece a ponto de saber como usar cada uma delas contra mim e me conhece a ponto de tirar conclusões de o porquê eu ter vindo completamente bêbado a este banheiro com uma cartela de Antidepressivos na mão, não pensar em nada para me impedir e ainda me auxiliar a fazê-lo.
- Se você realmente quiser o suicídio não sou eu quem lhe fará mudar de ideia.
- Não. - ele se virou novamente para o espelho - Você era o único que poderia...mas agora já não mais.
Meu coração acelerou repentinamente ao vê-lo pegar a garrafa de Vodka e engolir três comprimidos de Antidepressivo sem muita dificuldade. Parte de mim sabia que eu deveria manter a calma, mas o resto apenas queria carregá-lo para longe de toda aquela insanidade...
-------------------------------------------------------------

E aí? O que acharam?
O texto ainda tá meio cru, tenho muita coisa pra mudar nele ainda, mas o resultado final será algo parecido. Se quiserem acompanhar a história quando ela estiver pronta sintam-se à vontade para me pedir :)
Então é isso gente. Vocês se lembram quando eu disse que nunca abandonaria este blog? Pois é, eu não sou de descumprir promessas ^^
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/


segunda-feira, 18 de julho de 2016

Atualização de algumas idéias + Novos OC's

Hello my friends!!!
Então, o capítulo 14 da história está em andamento...mas uma coisa eu já posso adiantar para vocês: o tempo vai dar uma "aceleradinha" no cenário atual da história, se é que me entendem ^^
Justamente por causa disso eu resolvi contar algumas novidades para vocês e mostrar alguns OC's novos que eu criei para a história.
É o seguinte: lembram daquela postagem em que mencionei a minha dúvida sobre incluir personagens das HQ's ou não?
Pois bem, resolvi incluí-los.
Por que?
Porque simplesmente em uma noite de insônia eu pensei sobre como eu poderia colocar eles na história fazendo algo que ninguém nunca fez (pelo menos ninguém que eu conheça...kkkkk)
E esse "algo"...vocês vão ter que esperar pra ver ^^
Mas não esquentem a cabeça, vão esperar beeeem pouco kkkkk!
Mas vale lembrar: eu não pretendo incluir TODOS os personagens das HQ's, só alguns que forem mais conhecidos aí por vocês (e por mim também né, kkk)
Agora...vamos aos OC's:




Aí estão! Passei dois dias fazendo eles ^-^ kkkkk (eu não tenho vida)
Eles serão os outros filhotes que habitarão as Terras do Reino junto de Tau, Mufasa, Sarafina e Sarabi.
Quer dizer...todos menos Faraji...vocês vão ver kkk.
Todos aí são filhos de leões andarilhos e vou contar pra vocês aqui sobre cada um, para já irem se familiarizando um pouco com eles:

Kijani: Filha de Dília, a pequena leoazinha é, também, a mais velha de todos os filhotes acima. Seu temperamento costuma ser descrito pelos colegas como extrovertida e "pavio-curto". Gosta muito de se sujar e possui um comportamento um tanto quanto impaciente e maldoso as vezes, principalmente quando faz troça dos amigos, mas possui um bom coração, mesmo que disfarçado. Ela é uma das melhores amigas de Mufasa.

Kamaria: Filha de Nijalma e meia-irmã de Zuri por parte de pai, uma leoa bem tímida, que prefere estar reclusa junto do seu pequeno grupo de melhores amigas (que são Aisha e Sarafina). Possui a irritante mania de mentir e é bastante lerda as vezes. Gosta também de ter um tempo sozinha para pôr as idéias em ordem na sua cabeça. É bastante apegada a sua mãe.

Aisha: Filha de Nzuri, costuma sempre ser vista comendo, é uma verdadeira apreciadora de comida (pra não dizer gulosa). É bastante convencida, dramática e gosta de ser o centro das atenções no seu grupo de amigas (Sarafina e Kamaria). Odeia Tau pois morre de ciúmes da amizade dele com Sarafina, sua amiga preferida. É sempre bem fiel e leal com as pessoas que gosta, mas tende a ser meio vingativa.

Zuri: Filha de Timira e meia-irmã de Kamaaria por parte de pai, a mais nova dos filhotes acima, uma leoazinha extremamente doce e tranquila. Nasceu com uma má-formação na pata dianteira esquerda (a que está levantada na imagem kk), o que a faz mancar e ter dificuldades para andar rápido e correr, mas ela não deixa que isso atrapalhe sua vida e raramente se queixa. Gosta de ajudar seus amigos e é uma grande amiga de todos.

Faraji: Filho de Nama, possui um comportamento introvertido e mimado, mas é visto como fofo por todos do reino aonde vive. Extremamente educado e gentil, odeia magoar os outros...porém possui uma faceta bastante rebelde perante sua mãe, que vive cedendo aos caprichos do filho...


E é isso gente.
Uma pergunta aos teóricos de plantão: conseguem adivinhar de quem qual filhote acima será mãe/pai?
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^-^)/

sábado, 9 de julho de 2016

Conto de Dois Irmãos - Cap 13

- Tyssa...me ajude.
A leoa ergueu a cabeça dos filhotes e olhou para a entrada da pequena gruta. Era Edan, acompanhado de mais duas leoas. Ele tinha nas costas o que parecia ser uma fêmea ferida e uma das leoas tinha um barulhento filhote adouradado na boca, que miava e resmungava com alguns ferimentos pelo corpo, mas nada grave.
A rainha afastou-se de seus filhos para ajudar. Pegou a leoa ferida nas costas (sempre fora mais forte que seu marido) e virou-se para o rei:
- Aonde eu a coloco?
- Mais para o fundo...ai... - O rei retorceu-se de dor nas costas. Não era acostumado a levantar tanto peso assim.
- Chame Mirza para tratar dela, rápido! Vocês duas, ajudem-o - Tyssa ordenou empoderando a voz e Edan rapidamente saiu da caverna à procura da xamã, sendo seguido pelas leoas que o acompanhavam. Mesmo sendo mais conhecida como "A esposa do Rei Edan", Tyssa possuía mais autoridade naquele reino do que o próprio marido.
Uma das leoas entregou à ela o filhote que chorava. Tyssa colocou-o no chão e o cheirou: era uma menina.
Após outras fungadas, sentiu um cheiro bastante familiar...lembrava a ela o cheiro de Edan quando o encontrou pela primeira vez rodeando o reino, até então, de seu pai. A leoa adulta exalava o mesmo cheiro. Também exalava na pequena filhote o forte cheiro da leoa adulta e, ao que tudo indicava, deveriam ser mãe e filha.
Os três filhos de Tyssa pararam o que faziam para observar o que estava acontecendo. Os dois gêmeos mais novos se assustaram com a imagem de uma leoa desacordada, sangrando e com pelo faltando em diversas partes do corpo, porém o mais velho se aproximou, curioso, e perguntou:
- De onde veio esta leoa mamãe? Ela não é daqui...
- Sim Myrcell, tem razão...ela com certeza não é daqui...
Myrcell olhou para seus meio-irmãos e sorriu:
- Edric e Arys não passam de medrosos, olhe.
Tyssa deu um meio sorriso sarcástico:
- Não zombe de seus irmãos, são muito jovens ainda.
- É por isso que eu vou herdar o trono, não é mamãe? Eu sou corajoso...e o mais velho.
Tyssa lambeu a pequena pré-juba no topo da cabeça do filhote:
- Sim, meu querido. Mas lembre-se: Edan não irá querer que você seja o rei...não é filho legítimo dele...
- Eu não me importo. Se eu tiver de aniquilar meus irmãos para reinar, assim o farei. Serei o melhor rei que essas terras já viram.
A rainha se limitou a sonoras gargalhadas. Não levava a sério o que Myrcell dizia, afinal: era apenas um filhote provido de pensamentos infantis que amadureceriam conforme crescia.
Os gêmeos portadores do legítimo sangue real ainda eram jovens, muito novos para entenderem o que o meio-irmão mais velho dizia. Edric com os olhos escuros da mãe e Arys com a belíssima feição do pai. Ambos fortes e com um futuro invejavelmente brilhante pela frente.
Já o pequeno Myrcell tinha os olhos castanhos assustados e o porte físico desengonçado do pai, um leão desgarrado que Tyssa nunca mais vira na vida. Apenas um prazer momentâneo daqueles que ela costumava ter quando entrava no calor. A rotina era sempre a mesma...até conhecer Edan e este seguir as tradições de seu antigo reino, tomando-a como esposa fiel e legítima. Era um pouco chato, mas nada podia fazer. Ele havia assumido o trono, então era ele quem deveria ditar as ordens por direito. Mesmo que ela já tivesse um filho, ele não a recusou. 
De certa forma - pensava - nada me impede de dar algumas escapadas quando Arys e Edric já forem mais independentes. Edan é tão tolo como uma pedra dura e teimosa, nem terá minha falta.
O choro cortante da filhote dourada a trouxe de seus pensamentos. Quase esquecera de seu serviço.
Analisou a leoa desacordada, ela era bem bonita, mesmo em uma situação comprometedora como aquela, possuía feições leves e delicadas que lhe transmitiam a sinuosa impressão de estar ressonando num cochilo da tarde.
Edan adentrou bruscamente na caverna, seguido de Mirza. A curandeira já vinha com um punhado de ervas na boca:
- Aonde estão? - perguntou a leoa, a voz levemente abafada pelas ervas medicinais que carregava.
- Ali - Edan apontou com a cabeça - Por favor, diga-me que elas ficarão bem...
Tyssa notou que Edan parecia bastante preocupado com o bem-estar de uma leoa que mal conhecia. Sabia bem que o marido não era tão chegado a compaixões rápidas e instantâneas.
Mirza se aproximou cuidadosamente da leoa e da filhotinha. Analisou bem seus arranhões e chegou, enfim, a uma conclusão:
- Ela parece ter sido brutalmente atacada, mas essas marcas...(suspiro). Aonde você a encontrou, Majestade?
- Não muito longe da fronteira leste do reino. A cria estava com ela...
Edan parecia extremamente transtornado e confuso, como se nada daquilo fizesse muito sentido. Mirza apresentava a mesma reação, mas pareciam ocupar suas mentes com assuntos diferenciados.
Por fim, enquanto Mirza terminava de checar os ferimentos da leoa, virou-se para o rei e sinalizou com a cauda para que ele a seguisse para fora da gruta. Ele a obedeceu e, já do lado de fora, quando ela sentou-se a sua frente, sabia exatamente o que ia indagar:
- De onde a conhece? Por que age tão preocupado com ela?
Edan suspirou. Tyssa sempre fora esperta e o conhecia bem. Nunca conseguia esconder muita coisa dela por mais que se esforçasse:
- Ela...ela é de Pridelands, minha antiga morada. Seu nome é Kala, a irmã mais velha da rainha.
As feições da leoa pareciam indiferentes, como sempre:
- O senhor possuía laços, digamos..."estreitos" com ela?
Edan cuspiu:
- Quando vai parar com esta insolente mania de possessão?
- Não perguntei de segundas intenções, Edan. Perguntei se possuía intimidade com aquela leoa. Uma pergunta rasa e nada a mais.
A cauda do rei chicoteava de nervoso, fazendo flutuar a poeira do chão. A escolha de Tyssa como rainha foi, sem sombra de dúvidas, mais uma decisão impulsiva sua para adicionar a sua lista mental, mas ele sabia que, sem o respeito e a autoridade que a leoa exercia sobre os outros, estaria perdido:
- Me atrevo a dizer que mal a conheci...
- Então por que tomaste as dores dela com tanto afinco, Majestade?
O tom de ironia na voz quente e grave da leoa tinha o poder de tirar Edan do sério. O leão apenas bufou, dando as costas para Tyssa e voltando para a caverna. Lá encontrou Mirza concentrada, analisando de perto as feridas de Kala. Perto da barriga dela, a filhotinha de pelo dourado dormia com os arranhões de seu pequeno corpo cobertos por uma papa verde amolecida. Edan se perguntava se aquela cria era mesmo filha de Kala, afinal, ambas possuíam o aroma corporal um bocado diferenciado, mas quase idêntico...
O leão foi até Mirza:
- Qual o problema?
A xamã sobressaltou-se. Edan a havia assustado:
- O quê? - foi tudo que conseguiu perguntar
- Bem - o rei respondeu - Você parece meio...pensativa. Preocupada...
Mirza suspirou profundamente, o que apenas serviu para aumentar o aperto no peito de Edan:
- Majestade...o que vou falar agora...aconselho ser mantido em extremo segredo. Uma palavra dessas se torna pública e todo o reino entrará em pânico. Você concorda com minha proposta?
Edan balançou a cabeça, desconfortável. Sabia que, muito provavelmente, não conseguiria. Tyssa sabia muito bem quando o parceiro estava escondendo algo dela, era como se a rainha farejasse no ar. Mas mesmo assim concordou, curioso para saber o que afligia tanto a curandeira que tivesse de ser mantido em segredo:
- Bem - a xamã começou, a voz pesada carregada de tensão - Olhe esses ferimentos, analise-os bem.
O rei se aproximou de Kala e esticou o corpo pra cima dela. Tudo o que viu foram arranhões grotescos e profundos e marcas de dentes fortes o bastante para arrancar boa parte de sua pele:
- Sim, eu os vejo. Mas o que te aflige a respeito deles?
- Não. Você não os viu. Analise com mais cuidado...
Edan conteve um bufo, inclinando-se novamente para olhar os machucados.
Foi então que percebeu: aquelas feridas...eram incomuns.
Já vivera muito tempo na savana aberta, conhecia os felinos que ali habitavam e uma coisa todos tinham em comum: seus dentes e garras pontiagudos deixavam feridas cortantes no corpo. Algo mais "ajeitado". Porém as feridas presentes no corpo de Kala eram abertas, mastigadas...de certa forma mais brutais.
- Eu...percebi - Edan balbuciou - Isso...não são feridas providas de leões.
- E nem de qualquer outro felino - Mirza acrescentou - Agora diga-me: qual simples cão selvagem seria tolo o suficiente para atacar uma leoa?
- Talvez um que soubesse que pode vencer. Chacais são demasiadamente pequenos para terem tal confiança, Mabecos também são mais fracos, pacíficos e não costumam atacar leões...
- O que nos leva a uma última opção - Mirza completou - hienas.
Edan engoliu seco. Já havia ouvido diversas histórias de seu pai sobre guerras entre seus antepassados e as hienas. Eles não tinham uma história de convívio muito amigável e ambas as espécies mantinham uma disputa por território e alimentos acirrada. As hienas costumavam ser extremamente agressivas e atacavam sempre em numerosos bandos, mas, entre os leões do lado Sul da savana africana (lugar aonde se encontram as Terras do Reino, as Terras do Rio e outros reinos menores) as hienas nunca mais foram avistadas. Elas haviam viajado para bem longe, no lado Norte da savana, esperando encontrar mais terras desocupadas para instalarem suas fedorentas alcateias:
- Não - Edan argumentou, entrando em desespero - Eu conheço as histórias das hienas, é impossível que estejam rondando por aqui. Elas não podem ter voltado, eu não senti nenhum cheiro, eu...
- Vossa majestade sabe que é possível sim que elas tenham voltado, senão não estaria tão transtornado. - Mirza argumentou, com a voz excepcionalmente calma - Meu rei, você sabe das consequências. Se as hienas realmente estiverem rondando o lado Sul da savana e já estiverem planejando dizimar a raça leonina atacando leoas e suas crias...
O rei suspirou, pesadamente:
- ...isso significa que, em breve, tudo caminhará para as disputas. A era do sangue está voltando...

......................................................................................................................

- O que houve Ahadi? Parece preocupado.
O rei olhou para trás, surpreso. Abbas caminhava em sua direção, sua juba castanha ganhava tons alaranjados devido ao céu do entardecer. Achou que estivesse sozinho, afinal, poucos leões se atreviam a subir ao topo de PrideRock e ter uma vista ampla de todas as Terras do Reino, mas Abbas parecia não se importar, já vira ele subindo àquele lugar antes.
Sem responder ao amigo, Ahadi apenas suspirou.
- Ainda é por causa de Bianka? - Abbas insistiu, sentando-se ao lado do rei - Vamos Majestade, pode se abrir comigo.
A verdade era que inúmeras coisas passavam pela cabeça de Ahadi.
Uru nunca mais fora a mesma com ele. Não que ele achasse que merecia um tratamento diferente vindo dela...quem merecia, de fato, era Mufasa. O pobre filhote que não tinha culpa de nada era negado com todas as forças pela mãe adotiva e, com o roubo de Bianka então, tudo piorara.
Uru jurava que havia visto os olhos de Kala naquela noite. Mesmo que Ahadi se recusasse a acreditar, sabia que não havia outra explicação. Numa mesma noite perdera a amada e a filha e todas as noites, antes de fechar os olhos, se perguntava se elas poderiam estar vivas em algum lugar e se atrevia a rezar para os Reis do Passado (mesmo que estes o odiassem) desejando que estivessem seguras e a salvo dos perigos da savana.
Os Antigos Reis não o castigaram com uma morte imediata por burlar o Juramento, mas o leão sabia que a punição já começara e esta era mil vezes pior que uma simples perda súbita de vida.
Não sabia ao certo nem como começar a expressar tudo o que sentia em palavras. Quando sentiu que começaria a desabar, apenas disse:
- E...então? Como anda Sarafina?
Abbas lançou um olhar triste ao amigo e suspirou:
- Ela vai bem...está na caverna brincando com Mufasa e Tau - Após um breve momento de silencio, voltou a falar - Ahadi, sei que tudo isso deve estar muito pesado para você. Eu gosto de ajudar os outros, me sinto bem fazendo isso, é a minha essência e foi graças a isso que conheci a leoa da minha vida. Quando sentir-se lotado e quiser desabafar com alguém não hesite em me procurar amigo. Você sabe que pode contar comigo.
Ahadi não tirou os olhos do céu. O sol se escondia lentamente por detrás das montanhas e, naquele momento, o desejo de Ahadi era poder se esconder também. Abbas virou-se, foi embora. Quando Ahadi virou a cabeça para trás na esperança de vê-lo partindo, viu apenas Safira, abraçando o amado e dizendo o quanto o amava...
...e percebeu, mais do que nunca, que sentia falta de Kala.
--------------------------------------------------------------------------

HEY PEOPLE!!
Então...Ahadi tá na depressão né kkkkkk
Realmente, aí está uma coisa verídica: uma depressão longa e forte, para alguns, é realmente pior que a morte (por isso tantas pessoas donas de mentes depressivas tiram suas próprias vidas né...)
Mas...e as hienas ein? Será que voltaram mesmo ou é só um alarme falso?
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

sábado, 2 de julho de 2016

YAY!!! ESTOU DE VOLTA! + Algumas explicações sobre a minha versão da história.

HELLO WORLD!

Bom...sumi né?
Bem, estava postando com muito menos frequência do que antes e resolvi me explicar:
É o seguinte: eu estava esse tempo todo sem computador. Meio que ele quebrou e ficou inutilizável. Todas as postagens que eu fazia eram pelo celular, e o app do Blogger pelo meu celular, não sei por quê diabos é uma BOSTA! Trava toda hora, fecha do nada (sem eu ter salvo o que eu escrevi)...já deu pra entender né?
Maaassss adivinhem????
ISSO, ELE FOI CONSERTADO!
Ou seja: Me aturem, pois voltarei a postar com mais frequência, rs

Agora, mudando drasticamente de assunto...
Tem muitas pessoas postando em vários blogs sobre a série da Guarda Leão e isso me lembrou uma coisa muito importante que eu gostaria de comunicar a vocês. É sobre tanto os personagens exclusivos dessa série (como o Kion e o tão polêmico Pai da Nala, que é uma descoberta bem mais recente) quanto sobre os personagens exclusivos das HQ's de TLK (Malka, Tama, Chumvi...esse pessoal todo.)
Eu vejo todas as pessoas escrevendo suas versões sobre a história geral de O Rei Leão e incluindo esse montaréu de personagens...e aí eu penso: eu tenho de incluí-los também?
Quer dizer, essas HQ's nem ao menos são oficiais de fato, não é? Ou são?
Eu penso que vou me perder bonito se eu decidir colocar eles na história porque vão ser muitos personagens em excesso. Pra começar a entrada deles no cenário atual não teria um contexto inicialmente, pois não criei nenhuma abertura para eles aparecerem. Eles meio que cairiam de paraquedas no meio da história e isso meio que me dá um pouco de nervoso kkkkk.
Outro problema é o que acontecerá com eles. Eu criar um destino suficientemente cativante para cada um deles, sem dúvida, é tenso se levarmos em consideração que teríamos de incluir eles em todo o cenário já criado da história, entendem o que eu quero dizer?
O único personagem que pretendia incluir é Kopa não apenas por ele ser o mais famoso mas sim porque eu já pensei sobre sua chegada e seu destino na história e ele é necessário em inúmeras partes para deixar a história mais cativante. Sem contar que eu adoro a história clássica de Kopa, O Príncipe Perdido ^-^

Porém, mais do que tudo, eu queria saber da opinião de vocês, afinal, são vocês que resignam uma parte do precioso tempo livre de vocês para vir ler o que eu escrevo! O que vocês, como "telespectadores", acham? O que gostariam? Eu deveria incluir os personagens das HQ's ou da Guarda Leão?
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

domingo, 29 de maio de 2016

Conto de Dois Irmãos - Cap 12

Naquela noite, o silêncio era quem reinava em Pridelands, ao lado de Uru e Ahadi.
A rainha acobreada assumia a frente da marcha de volta para PrideRock, possuía a ira estampada em seus olhos de caleidoscópio, o rei de pelos cor de ouro vinha logo atrás, carregando Mufasa, o príncipe mais novo, dono da mesma coloraçāo de pelos do pai.
Tau e Bianka se encontravam sob os cuidados de Safira e seu cônjugue, Abbas. Ahadi imaginou que seus filhos deveriam estar correndo e brincando junto de Sarabi na caverna, sob o olhar da mãe da pequena e do casal...completamente alheios das aborrecidas intrigas do reino:
- Você irá cuidar dele.
Ahadi foi, subitamente, extraído de seus pensamentos. Era a voz de Uru, mais fria e cortante que os pequenos pingos de chuva que ousavam cair do céu em cima de suas costas.
Sabia que ela falava de Mufasa. O pequenino grunhia baixinho a cada sacolejada que levava na boca do pai. Também possuía a sorte de ser alheio a tudo...mas não significava que estava alheio das consequências, e ser órfão de mãe era apenas uma delas.
O leão pôs Mufasa em suas costas, para que tivesse a boca livre para falar:
- Deveria ao menos tê-la deixado com o filhote. - disse o rei - Por que fizeste isso se nem pretende cuidar dele?
- Eu fiz pelo bem deste importuno - a rainha vociferou, dando apenas uma leve olhada para trás - Sabes bem o que leões machos, forasteiros ou não, fazem com fêmeas grávidas ou que carregam filhotes pequenos: eles as matam. Se tiverem sorte, tiram apenas a vida do bebê e carregam a leoa para seu reino...mas a que preço? Eles não suportam sangue de outro macho qualquer em seus reinos ou em suas leoas...eles não suportam traição...
Ao ouvi-la pronunciar a última parte do diálogo, o rei abaixou a cabeça. Sentia-se verdadeiramente mal, embora Uru não acreditasse...embora talvez nem ele mesmo acreditasse. Às vezes, chegava a pensar que ele queria se sentir mal...mas não conseguia, e se odiava por isso.
Chegando na caverna, a chuva não havia aumentado e nem diminuído. Era apenas um chuvisco fraco e inofensivo, o resquício do choro dos Reis. Todas as leoas se encontravam na caverna. De início, Ahadi e Uru estranharam. Em chuvas fracas como essas, os habitantes do reino não costumavam se esconder dentro da gruta. Mas foi só subir os primeiros degraus de pedra que começaram a ouvir os clamores e elogios fervorosos:
"Como é linda!"
"Como irá se chamar?"
"Espere só até Rei Ahadi e Rainha Uru virem a mais nova habitante do reino!"
Os parceiros reais se entreolharam, confusos. Ahadi desviou o olhar do de Uru rapidamente e sinalizou com a cauda para que ela fosse primeiro. A leoa subiu rapidamente os degraus rochosos e adentrou a caverna vagarosamente, sendo seguida por Ahadi, ainda com o pequeno Mufasa nas costas.
Antes de entrar, o rei parou por um instante. Como explicaria aquele filhote? O que diria as leoas que o indagassem? Se ele contasse a verdadeira origem de Mufasa, como elas reagiriam?
Sabia que não podia ficar parado. Inventaria uma desculpa na hora, ou deixaria esse fardo para Uru (mesmo que, provavelmente, ela não fosse se responsabilizar por isso. Mal se responsabilizava pelo pequeno). O leão de juba flamejante entrou na gruta...e o que encontrou fez toda a tarde valer a pena.
Safira havia dado a luz!
Um lindo filhote de pelo claro se encontrava aninhado em suas patas. A mãe o lambia, carinhosamente:
- Ela acabou de mamar - disse a nova mamãe a Uru, sorridente - Está cansada agora.
Uru sorriu um "Parabéns" a Safira e ordenou às outras leoas:
- Vamos. Deixemos a pequena descansar.
E as conduziu até o fundo da cova. Ahadi, meio receoso, quis se aproximar para ver a pequenina. Chamou por Uru:
- Aonde estão Tau e Bianka? - ele perguntou à rainha
- Estão com Síria, brincando com Sarabi.
- Por favor, leve Mufasa até eles. Quero ver como esta Safira, Abbas e a pequena.
Uru bufou de raiva, mas concordou. Talvez demorasse um pouco, mas uma hora seu coração amoleceria, afinal, Mufasa era apenas um filhote sem culpa de nada...
O rei caminhou lentamente até a família de amigos. O primeiro a sorrir pra ele foi Abbas:
- Compadre Ahadi. Finalmente apareceu!
Ahadi sorriu:
- Sei que ela está cansada mas...posso vê-la?
- Claro que sim, amigo - Safira disse, sorridente. Seus olhos, apesar de cansados, brilhavam intensamente e o sorriso não saía de sua boca. Ahadi lembrou-se da época após a morte de sua mãe, na depressão em que Safira havia se metido e como tudo acabou no dia em que conhecera Abbas, o leão que mudou sua vida desde então. Comparando essa com a nova Safira...parecia irreconhecível.
Quando se agachou para ver a filhotinha de perto, deu um enorme sorriso. Ela dormia, ressonando levemente. O rosto se encontrava escondido entre suas patas, mas ainda assim ela se parecia como um pequeno milagre:
- Já escolheu um nome para ela?
Safira olhou para Abbas e sorriu:
- Fiz um junção do meu nome com o nome de minha mãe, Sara.
Ahadi fez uma expressão pensativa e sugeriu:
- Algo como...Sarafira?
O casal riu:
- No início havia ficado assim - Abbas comentou, ainda rindo um bocado - Mas convenci Safira a fazer uma pequena mudança nesse último "R". Estava meio esquisito...
- Agora ela se chama Sarafina. Uma homenagem...para que o espírito de mamãe não seja esquecido. Uma leoa que morreu amando seu assassino... (suspiro).
Ahadi foi até Safira e a abraçou:
- Meus parabéns Safi, me orgulho imensamente de você, da sua superação e da família maravilhosa que possui.
- O mesmo digo a você, Ahadi. Nosso reino não poderia ter rei melhor.
Ahadi sentiu um aperto no peito se lembrando dos erros que cometia:
- Que Sarafina cresça saudável - o rei sorriu, se deslocando para o fundo da caverna para encontrar Uru.
Quando a encontrou, ela amamentava Tau, Bianka e Mufasa, e explicava para umas 5 leoas a "história" de Mufasa.
Logo, todos se aprontavam para dormir, a noite veio num piscar de olhos.
...
Dentro da caverna, todos adormeceram rapidamente. A noite era de lua nova, não havia nada a iluminar o céu nublado. As nuvens escondiam as estrelas, dando a impressão de uma noite branda e vazia...mais escura que o normal.
Tão escura...que as sombras eram praticamente imperceptíveis.
E uma sombra em especial se deslocava em direção a Pridelands.
Essa sombra possuía olhos verdes reluzentes que brilhavam, afastando a escuridão. Seu corpo movia-se sem produzir nenhum ruído, sua respiração era igualmente silenciosa.
Nem mesmo os Reis Do Passado poderiam ver a sombra que rumava para dentro da caverna de PrideRock, se aproximava da rainha e Uru e se estendesse, sorrindo, na direção dos filhotes reais:
- Aqui estão - Kala sussurrou consigo mesma, alegre - Os três príncipes...meu Mufasa querido, mamãe veio te pegar de volta.
Kala chegou mais perto. Desviar-se das várias leoas deitadas era difícil. Elas se engalfinhavam uma em cima das outras...mas depois de muito esforço conseguiu chegar perto o máximo que podia do casal real...e dos três filhotes.
Sua respiração tornou-se mais irregular e seu coração batia rápido.
Foi como um pequeno deslize, algo que não estava previsto. Quando a leoa esticou o corpo na direção dos filhotes para ver eles mais de perto e reconhecer seu bebê, Uru resmungou, abrindo lentamente um dos olhos.
Ela não estava profundamente adormecida.
Kala prendeu a respiração quando a irmã pôs os olhos nela.
Tudo que Uru pôde ver foi uma sombra de belos olhos verde-esmeralda que, num movimento brusco, abaixou a cabeça, pegou um dos seus filhotes e saiu correndo, tropeçando bruscamente em várias leoas antes de sair da caverna.
A rainha levantou a cabeça, alarmada. Olhou abaixo na direção dos filhotes, para ter certeza do que havia visto.
Dois estavam lá...um havia sido pêgo.
Aquela sombra roubara um de seus filhos!
Imediatamente Uru rugiu o mais alto que pôde, acordando toda a caverna:
- Peguem aquela coisa! Aquela sombra...roubou meu filhote!!
Ahadi empinou a cauda:
- Que sombra? Uru...o que houve?
- Ahadi, corra atrás dela! Aquela coisa pegou um dos filhotes!
Ahadi percebeu que não havia tempo para explicações. Rugiu alto, convocando algumas leoas para ajudarem na perseguição.
Em pouco tempo, estavam todos do lado de fora correndo o mais rápido que conseguiam. Avistavam a sombra, estava distante...bem distante. Ahadi sabia que não conseguiriam alcançá-la, mas se agarrou no mínimo de esperança que possuía, correndo a favor do vento que vinha do norte. A direção do vento piorava a situação, que mandava o cheiro da sombra para longe.
Em pouco tempo, a tal silhueta sombria e irreconhecível conseguiu se misturar na negritude da noite, sumindo de vez.
Ahadi e as leoas tentaram um pouco mais, mas não conseguiram encontrá-la. Voltaram para PrideRock desamparados. Ahadi tinha lágrimas nos olhos, mesmo sem saber qual filhote havia sido roubado...
...mas havia uma leve suspeita de quem era a tal sombra e qual filhote procurava...
...
Distante dali, Kala ainda corria, para ter certeza que havia despistado seus perseguidores. O pequeno filhote em sua boca mal se movia, sequer emitia qualquer som de tão assustado que se encontrava.
Ela só parou quando não conseguia ouvir mais nenhum passo que não fosse os seus.
Havia parado em uma pequena gruta abandonada. Colocou o filhote no chão. Estava arfando:
- Meu príncipe...estamos a salvo...estamos...
Ela virou-se para seu filho...
...
...aquele não era o seu filho.
Havia pêgo o filhote errado.
- Oh...Não! - Kala olhou para os olhos vermelhos e assustados da pequena Bianka - Não!!
A leoa rugiu, estava furiosa. Se afastou de Bianka e desembainhou as garras, tentando manter a calma.
Porém, quando Bianka emitiu um pequeno miado desconsolado, não pôde aguentar. Avançou os dentes na pequena, atacando ela bem na face direita. Um arranhão imenso lhe foi concebido, juntamente com um pedaço da orelha da pequena, que ficara preso entre os dentes de Kala.
A pequena começou a chorar, assustada e com dor. Ao ver o estrago que havia feito, Kala assustou-se consigo mesma. O que estava fazendo? Não era uma leoa má! Nunca se considerara tal coisa...Por que havia feito isso?
- E-espere. Por favor, não chore...
Não sabia como lidar com aquilo. Não sabia como lidar com um filhote chorando. Se aproximou da pequena, limpando o sangue com a pata. A orelha dela, agora, faltava um pedaço...provavelmente seria para sempre assim:
- Por favor...você vai atrair predadores...
E então, uma idéia lhe ocorreu.
Posicionou a pequena perto de sua barriga, próximo de seus dutos de leite ainda cheios por causa de Mufasa. Bianka logo sentiu o cheiro de leite e abocanhou uma das tetinhas, mamando com gosto:
- Me perdoe - Kala sussurrou para a pequena, lambendo sua cabecinha minúscula - Eu estou aqui, vou cuidar de você agora. Não era o filhote que eu queria mas, pelo menos, minha irmã sentirá o desgosto que me deu ao retirar de mim o meu filho.
A pequena mamava sem emitir nenhum som além do das pequenas chupadas que dava:
- Como se chama mesmo? Bianka...? - Kala disse para si mesma. Pensou um bocado - Não...Não. Não é esse nome que refletirá o que sente. Quero se seja treinada como eu. Que sinta como eu, que odeie aquelas Terras, como eu...seu nome será...Ódio...Zira...seu nome será Zira.
Ela olhou para a pequena em busca da aprovação. Ela apenas continuou mamando. A orelha machucada ainda sangrava:
- Seremos só eu e você agora, Zira. Nunca mais veremos esse mundo que estamos deixando para trás. Vamos sobreviver...apenas nós duas...e os Reis do Passado a nos guiarem.
-------------------------------------------------------

HEEEY.
Um capítulo meio grandinho para compensar o tempo em que estive fora ^_^ (que, por sinal, foi muito).
Mas, como prometi, não abandonei o blog!
Já sei...devo satisfações, né?
Pois é...me envolvi em MUITOS problemas. Um deles relacionado ao amor...o que eu sinto, o que eu gosto...nunca se tornou tão confuso e, ao mesmo tempo, tão excitante pra mim. Acho que, pela primeira vez, estou descobrindo o que é se apaixonar de verdade...e estou odiando ^-^ talvez porque...nossa, foi algo muito imprevisível e eu nunca poderia imaginar que eu poderia, algum dia, ser "desse jeito"...entendem?
Se não entenderam, ótimo! Tirem suas próprias conclusões kkkkk
Mas me digam...o que acharam do capitulo?
Alguns de vocês já tinham adivinhado que Bianka era Zira. O que acharam da vingança de Kala? Foi merecida?
O que Ahadi irá dizer para Uru? Como Kala e Zira sobreviverão agora?
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Conto de Dois Irmãos - Cap 11

Durante o calar da madrugada, a chuva foi incessante. Parecia que o mundo estava prestes a desabar e os sussurros vindos de Azali não acalmavam Rafiki nem um bocado: "Os Antigos Reis estão a chorar, meu amigo..." ela dizia, quase que para si mesma, "Estão...Eles estão...". A cada sussurro, o babuíno afundava um pouco mais em seus pensamentos.
A chuva, porém, tinha seu lado bom. Ela veio, repentina, apagando todo o fogo que veio da tarde. Os Reis sempre se encarregavam do que haviam começado...
"Eles choram..." Os olhos de Azali refletiam um brilho insano na escuridão. Os sussurros impediam Rafiki de adormecer: "...choram, sim...".
Lembrar daquela tarde, para a leoa, era como tortura, mas ela fez questão de recordar-se para contar ao aprendiz. Contou sobre a descoberta de Uru e como o mundo perfeito e artificial de Ahadi e Kala fora destruído subitamente pela realidade. Contou da ira nos olhos da Rainha ao decretar exílio a própria irmã e os olhos lânguidos do pequeno Mufasa ao ser abocanhado sem dó na nuca por Uru e ser levado até PrideRock debaixo da chuva, ao lado de Ahadi. O rosto sem expressão alguma.

"Eles choram, desamparados..." Azali sussurrava...

Naquela noite, Kala dormiria sob as lágrimas dos Reis do Passado. Ela havia sido proibida de adentrar a caverna e seria obrigada a partir ao entardecer do dia seguinte.

"Ainda...ainda choram..."

O destino do pequeno príncipe Mufasa ainda era incerto. Kala não poderia leva-lo. Rafiki temia que a vida do pequeno, que mal havia começado, fosse-lhe arrancada de uma vez, como o vento arranca as folhas das árvores.

"E choram...e choram...ah"

Rafiki olhou para além de PrideRock, encoberta pelas nuvens cinza-azuladas. Também chorava...

................................................

No dia seguinte, a manhã não poderia ser mais previsível. Era branca. Alguns alegavam ser provida de um clima agradável, com nuvens nubladas e um vento fresco, mas para Kala não. Era apenas branca. Vazia e fraca, era como se refletisse o seu interior.
O reino todo já parecia saber. Olhavam Kala com desgosto e cochichavam entre si ao vê-la passar, mas a leoa não parecia se importar com os rumores.
A manhã se arrastou mais lenta do que Kala esperava. Não saberia dizer o que fazia enquanto esperava. Ficou andando sem rumo por Pridelands tentando fixar cada pequeno detalhe daquele lugar em sua mente e recordando todas as memórias boas que tivera ali em sua infância ou simplesmente de quando madrugava com Ahadi. O leão não foi autorizado a vê-la novamente...
Quando o sol ia se pondo, tingindo o céu de cores alaranjadas, as primeiras estrelas despontavam no céu: os primeiros Reis apareciam para testemunhar a saída de Kala de Pridelands.
Apenas Uru estava lá, com Mufasa e Ahadi. Todos haviam ido até lá juntos. O rei evitava encarar a amada nos olhos e o colorido olhar da rainha distribuía ódio. Mufasa estava em suas costas:
- Kala, sua sentença está, por fim, sendo cumprida - Uru quebrou o silêncio - Seu exílio se inicia aqui.
- Uru...irmã - Kala choramingou, olhando nos olhos da leoa - Eu farei o que pede mas, por favor, só lhe peço uma coisa: deixe-me levar meu filho...Apenas isso!
Uru se afastou e rugiu quando Kala tentou se aproximar:
- Não! Não quero que esse leão seja criado por uma traidora. Se ele for levado por você para fora das fronteiras deste reino, automaticamente será uma ameaça para nós. Sem chances, Kala. Apenas se retire logo daqui.
Kala manteve a postura firme e, de repente, revelou o ódio que guardava da irmã desde sua infância. Soltou o rugido mais alto e melancólico de sua vida enquanto desembainhava as garras. Por um momento parecia que iria saltar sobre Uru a qualquer minuto e atacá-la sem pena, mas pôde se conter. Respirando pesadamente, ela encarou a rainha nos olhos:
- Eu prometo, Uru. Haverá volta...você vai pagar por ter, algum dia, tirado tudo de mim. Tudo!
Uru, porém, não teve pena. Mostrou os dentes e avançou ameaçadoramente na direção de Kala, que rapidamente se virou e saiu correndo. Correndo para bem longe da vista do casal real, para bem longe das Terras do Reino...
...mas ela ainda planejava voltar...
--------------------------------------------

HI PEOPLE WHO ARE READING THIS SH**!
Tudo bem com voceeeees???????
Então...capítulo meio curtinho, eu sei. Mas eu só queria enfatizar a ida de Kala mesmo :)
No próximo capítulo os irmãos reais já devem crescer e bla bla bla e finalmente a história será de fato o "Conto de Dois Irmãos". Tá, tem a Bianka, mas enfatizará os dois irmãos ^^ kkkkkk
Bem...o que acharam? Comentem mais gente! Comentem o que estão achando, comentes idéias para a história!!!!!! Saiba que os comentários de vocês são sempre lidos e levados em consideração pela minha pessoa. Ou seja: eu aceito tudo! Desde idéias de vocês até críticas ;)
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

sábado, 26 de março de 2016

Conto de Dois Irmãos - Cap 10

- Kala? Sou eu, Ahadi. Eu vim ver você e o Mufasa...
Ahadi não obteve resposta, até que a voz de Azali preenche as paredes da caverna:
- Ela está lá fora com o filhote. Saiu para tomar um banho de Sol, procure-a por aí.
Ahadi murmurou qualquer coisa e saiu, procurando por Kala do lado de fora da cova. Não precisou procurar tanto: ela estava lá, logo ao lado, cantarolando bem baixinho e acariciando Mufasa em suas patas.
Ao ouvir os passos de Ahadi se aproximando, a leoa levantou as orelhas, atenta e virou rapidamente a cabeça, sorrindo ao ver o amado se aproximando:
- Bom-dia - ela disse, baixinho para não acordar Mufasa, enquanto Ahadi aproximava o focinho do dela
- Bom-dia, Kala. - sinalizou com a cabeça para Mufasa - Como ele está?
- Graças aos Reis meu príncipe vai muito bem.
Ahadi deitou-se por detrás da amada, dando-lhe lambidas suaves e apoveitando ao máximo o calor de seu corpo.
Tardes agradáveis como essa, para o rei, não deveriam ter um fim.
Mas...nada é eterno...
E o final desse momento de amor, tão perfeito, foi anunciado com um ruído surdo de passos sob a grama seca da savana, seguido de um rugido feroz e o som de garras sendo desembainhadas abruptamente.
Ahadi e Kala viraram-se em direção ao som apenas para ver uma silhueta contra a luz intensa do sol. Era uma leoa, mas parecia irreconhecível.
O coração de Ahadi batia forte enquanto ele se levantava. Ele podia sentir seus latidos por todo o seu corpo. Kala segurava Mufasa em sua boca e franzia os olhos para tentar enxergar quem era, apesar de o cheiro exalado pela leoa ser aquele com quem ela cresceu sentindo. Era inconfundível.
Não demorou muito para que a silhueta se aproximasse mais. Em posição de ataque, a cauda balançando de um lado para o outro, os olhos ardentes em fúria: Uru.
O momento que se seguiu foi de tensão. Nenhum dos lados ousava se mover e a Rainha esperava alguma justificativa qualquer de Ahadi. A brisa fresca que vinha do Sul fazia a juba vermelha do rei dançar como fogo em brasas.
Quando Uru percebeu que ele não se pronunciaria, decidiu que seria ela a primeira a falar:
- Ahadi - ela disse com voz baixa, se aproximando mais. A entoação fria e cortante de Uru atingia Ahadi como gelo encostando em sua nuca, ainda quente devido ao contato com Kala - Te darei a chance de tentar me explicar o que está acontecendo.
A boca da Rainha retorcia de raiva. Ahadi, tampouco Kala, se lembravam de ver Uru com tamanha ira.
Kala se pronunciou:
- Uru, por favor, eu...
- Cale-se! - a leoa rugiu - Quero ouvir Ahadi.
Ahadi deu um passo para a frente. Estava desnorteado, sua cabeça zunia, mas fez o possível para se explicar:
- Eu...me desculpe Uru. Algo me diz que você sempre soube: nunca a amei de verdade. Não era feliz estando ao seu lado apenas por causa de uma fúria estúpida de meu pai...até conhecer Kala como nunca havia conhecido antes. Até gostar dela como nunca havia gostado de outra. Até burlar as leis impostas pelos Antigos Reis apenas para atender ao meu sentimento egoísta, sem pensar nas consequências que isso podia gerar.
O semblante de Uru mudou repentinamente. Parecia mais suave e menos rancoroso. Ahadi pode sentir esperanças de que ela estivesse entendendo a situação e resolveu se aprofundar mais na explicação! Andou até Mufasa e pegou o pequeno, colocando-o no chão a sua frente:
- Este é Mufasa - ele disse - Meio-irmão de Tau e Bianka e o mais jovem príncipe de Pridelands. Fruto de minha incoerência, porém fruto de um verdadeiro amor. Peço que não enraiveça-se dele, pois o filhote não tem culpa. Não clamou para vir ao mundo, tampouco nessas condições.
Uru abaixou a cabeça ao perceber que Ahadi havia terminado de falar. Não sabia como reagir, não sabia o que pensar.
- Como você espera que eu reaja, Ahadi?
O leão não soube o que responder, ficou quieto:
- Como quer que eu me sinta sabendo que meu marido, aquele que eu mais amo, foi seduzido por minha própria e invejosa irmã?
Kala levantou as orelhas, abruptamente. Haveria ela ouvido direito?
- Eu não seduzi...
- Pela última vez, fique quieta! - Uru rugiu, cortando novamente a fala da irmã e controlando sua vontade de saltar sobre ela e arracar-lhe as cordas vocais com suas próprias garras.
- A culpa não foi dela. - Ahadi rugiu, por sua vez - Se alguém aqui merece ser punido, esse alguém sou eu!
- Pare de tentar salvar a pele dela. - Uru rosnou - Tomar as dores para si não irá funcionar dessa vez.
O pequeno Mufasa não aguentava o clima pesado e esgoelava-se em seu chorinho de filhote recém-nascido, mas ninguém ali parecia disposto a lhe dar atenção. Ahadi sentia o coração pesar, embora batesse tão forte que mal conseguia lembrar qual foi a última vez em que ficara tão acelerado.
Todos estavam tão centrados em defender seus pontos de vista que mal repararam em Azali. A velha xamã se encontrava mergulhada na penumbra da caverna, escondida. Apenas seus olhos faiscavam em um amarelo ansioso, esperando por uma concretização e fitando o céu que, pouco a pouco, passara de uma tonalidade alegre de azul para algo negro, grotesco e assustador com a chegada de nuvens de chuva.
Uru respirou fundo após bastante discussão. Embora "calma" fosse a última palavra que a descreveria naquele momento, ela ainda ousava disfarçar sua ira por detrás a uma máscara de expressão solene:
- Não quero mais discutir - ela disse. Sua voz era uma pedra de gelo, assim como o olhar direcionado ao marido - Eu sou a rainha, Ahadi. Eu sou sua esposa. Assim disse seu pai, assim digo eu e assim dizem os Antigos Reis, embora você ainda tente negar que hajam afirmações. E agora, irei usar de meus poderes como rainha e dos poderes místicos dos Reis para a decisão que tomarei: Kala, eu te condeno ao exílio!
Kala e Ahadi mal tiveram tempo de se assustarem com a notícia. Um reluzente raio cortou o tempestuoso e negro céu, caindo bem perto de onde eles estavam. O barulho foi algo como um estrondo ensurdecedor. Não demorou para que um incêndio começasse de algo que se iniciou de uma pequena fagulha, aquele fogo parecia diferente aos olhos dos jovens, mas para os sábios olhos de Azali havia ali, com certeza, a fúria dos Reis do Passado que, das estrelas, resolveram demonstrar a raiva de uma promessa quebrada, após tanto tempo.
Ahadi e Kala estavam assustados com o fogaréu, mas Uru continuou a recitar suas palavras calmamente, como se nada houvesse acontecido. Os olhos coloridos, agora, refletiam apenas o vermelho das chamas:
- Você irá embora deste reino, Kala. - a leoa, assustada, virou-se para Uru em pânico - Não levará nada contigo, nem mesmo esse teu filho, fruto não de um amor verdadeiro, como diz Ahadi, mas sim fruto da infidelidade de um rei. Vou pensar sobre que fazer com esse filhote, mas creio que não irei mata-lo.
Kala sentiu lágrimas em seus olhos e gritou de desgosto, enquanto implorava o perdão de Uru e sentia o olhar frio e raivoso que a irmã impunha sobre ela.
Ahadi nada podia fazer, ele sabia disso. Estava petrificado, paralisado...culpado.
Se, por algum motivo, acabara a amizade entre duas irmãs e acontecia todo aquele estardalhaço: ele era o motivo.
Ele havia causado tudo isso e, agora, era tarde demais para reverter o erro.
Por isso, quando Kala enfim cansou de exigir da irmã algum perdão e virou seus olhos chorosos para Ahadi, este apenas acenou levemente com a cabeça para baixo, como quem diz: "Me desculpe".
A leoa entendeu seus sinais e respirou pesadamente, de forma urgente. Sua tristeza e angústia pareciam sufocá-la de tal forma a impedir sua respiração de fluir normalmente. Ela não se via longe de Pridelands. Longe de Ahadi, das amigas que havia feito, das memórias de seu pai e da infância calorosa ao lado da irmã...Não podia se imaginar distante de tudo aquilo e, naquele momento, quando tentou fazer isso, sentiu um buraco abrir-se debaixo de suas patas, engolindo todo e qualquer vestígio de alegria e esperança.
O pequeno Mufasa, assustado com o fogo, já berrava, escondido entre as patas da mãe. Carregando a falsa esperança de que a leoa, ainda mais aterrorizada com o futuro, pudesse salvá-lo do presente. Do incêndio que os rodeava como os olhos de um astuto predador.
Azali nada fizera. Apenas deu as costas àquela cena pavorosa, imaginando como tudo poderia ser se ambas as princesas voltassem a ser como eram quando pequenas: duas almas repletas de amor e amizade, que reluziam esperança, mas que, agora, enegreciam-se com o ódio e o egoísmo.
-----------------------------------------------

HI PEOPLE!
E então? Como vai a vida?
Quanto tempo...acharam que eu havia desistido? NANANINANAO! Já disse e repito: nunca vou esquecer este blog, viu? Não pensem que irei largar tudo o que construí até agora ^_^
Sobre o capítulo...hm, não sei bem o que comentar kkkkkk.
Sabe de algo que eu nunca falei pra vocês?
Recentemente, tenho me encontrado bastante nas histórias que escrevo. Tenho encontrado o meu ponto de vista sobre o mundo, a minha história...
Personagens como Ahadi e Uru...São como minha mãe e meu pai: um é frio e não demonstra o que sente, sempre tentando manter a pose de perfeito. A outra é mentalmente instável, frágil e, consequentemente, impulsiva ao extremo, birrenta e impossível de se argumentar.
A "traição" de Ahadi pode representar o fato de que meu pai realmente traiu a minha mãe, o que levou-os ao divórcio quando eu tinha meus 8 anos de idade.
O resultado? Hoje sou o que sou, uma pessoa repleta de medos e confusões. Alguém repleta de tristeza e raiva acumuladas...mas isso já não vem ao caso né...
Voltando ao ponto principal: o que acharam do capitulo???
A casa caiu pra Kala...o que será que vai acontecer? Será que ela vai aceitar a punição de Uru? Se sim, pra onde ela iria?
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar  (^_^)/

quarta-feira, 16 de março de 2016

Conto de Dois Irmãos - Cap 9

- Você nunca será Uru...

A voz grave de Ahadi recoou pela cabeça de Kala. A leoa imediatamente abriu os olhos e se viu no meio de um campo aberto da savana, rodeada pela vegetção cor de ouro. O so, estava forte e brilhava em seu pelo, deixando-o morno.
Tentava se lembrar do que fazia ali e sentia que se esquecia de algo...algo muito importante.
Foi quando finalmente percebeu!
- Mufasa! - ela olhou ao redor, seu pelo dourado era da cor da savana, sabia que seria difícil encontrá-lo.
- Mufasa? Mufasa, meu filho, aonde você está? - o coração de Kala acelerava cada vez que chamava pelo filho. Poderia estar em qualquer lugar...
...e desejava que ele estivesse em qualquer um desses lugares, menos no local aonde ele se encontrava.
Ao levantar o olhar, a leoa se viu encarando olhos vermelhos intensos: Ahadi.
E ele tinha Mufasa em sua boca.
- Mamãe! - o pequenino gritou, chorando, assustado. O olhar do rei era feroz.
- O que está fazendo? - Kala rosnou - Você...você me prometeu. Me fez acreditar que...
Ahadi rosnou com o filhote se debatendo em sua boca. A leoa tentou atacá-lo, mas não conseguia se mexer. Tentou desesperadamente, mas seu corpo não a respondia...
Quando Ahadi começou a sacudir seu filho de um lado para o outro, tudo o que Kala pôde fazer foi chorar e fechar seus olhos para não ver a terrível cena que sabia estar por vir. Os gritos de Mufasa deixavam seu coração em frangalhos e, depois, seu longo silêncio o fez doer mais ainda.
Só percebeu que já podia se mover quando seu rosto já estava afundado no corpo ensanguentado e praticamente irreconhecível de Mufasa. Seu choro era alto e desesperado, quase como uma súplica impossível. Ahadi nada fazia, apenas observava a cena, fiapos de sua juba se desprendiam com o vento e colavam em seu rosto, da cor do sangue de seu filho morto.
Foi quando Kala enfim percebeu: realmente já podia movimentar seu corpo!
Queimando em fúria das patas a cabeça, encontrou energias para se levantar:
- O que você fez? Por que você fez?
Sua voz era baixa, mas repleta de ódio:
- Fiz o que devia ser feito. Ele não merecia viver, não era digno de ser meu filho...pequeno, fraco...Não era ao menos comparável aos filhos que sua irmã me concebeu.
Kala rougiu de ódio:
- Seu...seu...idiota! Eu vou matar você!
A leoa tomou impulso e correu para cima de Ahadi. Pensava em como poderia ter entregue seu coração a um ser tão frio e cruel, mas, quando se deu conta, ela parecia correr em câmera lenta na direção do rei que, com um sorriso sínico e sujo do sangue de Mufasa, disse:
- Faça o que quiser...Você nunca será Uru...será sempre sua irmã, a perdedora Kala...Kala...Kala...

- Kala!
A leoa acordou num pulo. Seu corpo estava quente, ela tremia, ofegante, e seu focinho estava molhado de suor. Seus olhos imediatamente procuraram Mufasa, o pequenino ressonava levemente ao seu lado. Logo se deu conta de que era um pesadelo.
Ao olhar para cima, os olhos de Azali a observavam com confusão:
- Estava se debatendo muito...resolvi te acordar. Que pesadelos a aterrorizam tanto?
Kala mordeu o lábio, seria seguro falar?
Já havia se passado pouco tempo desde o nascimento de Mufasa e Kala tinha morado com Azali desde então. Durante a manhã, deixava Mufasa um tempo com Azali e caminhava pelo reino a fim de mostrar ás leoas que ela ainda estava ali e que estava tudo bem, mas todas as noites eram dormidas na pequena gruta com Azali e seu filhote. Rafiki havia ganhado a Árvore apenas para ele. Kala ás vezes dormia na caverna para evitar suspeitas, mas não conseguia passar uma noite longe de seu filho, os pesadelos eram 10 vezes mais horrendos se dormia longe dele e, por vezes, já levantara de madrugada e correra até a gruta de Azali, para voltar a dormir ao lado do pequeno. Por conta disso desistira de passar as noites longe dele. Obviamente as leoas começaram a questioná-la, mas Kala foi rápida em arranjar uma desculpa: dissera-lhes que estava enamorada de um jovem leão, um forasteiro de olhos azuis-claro. Gostava de passar as noites ao lado dele e não gostaria de ser incomodada. As outras leoas, ao ouvirem sua justificativa, soltavam risinhos e suspiravam...como se sua verdadeira história de amor fose digna de arrancar suspiros das moças.
Ahadi ia constantemente visitar Mufasa e nunca havia maltratado o filho, pelo contrário...mas Kala sempre desconfiara de que algo ruim poderia acontecer ao pequeno a qualquer hora!
De qualquer forma, Azali a acolheu e cuidou de Mufasa, que nascera prematuro. Sentia que podia confiar nela, porém sabia que ela viria com as mesmas palavras sempre: "O amor entre vocês é um erro, um passo que nunca deveria ter sido dado."
Preferia ficar pelo menos uma noite sem ouvir isso:
- Não...Não foi nada. Apenas um sonho...com meu pai...
Azali suspirou:
- Mohatu era mesmo um bom leão...mas já achei que houvesse superado sua morte.
- Nós nunca superamos de verdade - Kala sorriu, mas seus olhos refletiam tristeza. Afagou o pequeno Mufasa e deitou-se outra vez.
Se perguntava quando sua vida voltaria ao normal. Se é que ela volte algum dia...
....................................................

Pouco tempo se passou. Síria e Safira deram a luz às suas pequenas, respectivamente. Duas meninas que nasceram em dias próximos.
Síria não poderia estar mais contente. Já havia se conformado com o fato de que Edan jamais voltaria a vê-la e não pode deixar de invejar Safira, a amiga possuía uma família completa...
Mas pôde se permitir admirar sua filha. Possuía os olhos vermelhos da família de Ahadi. Olhos muito belos, marcantes e brilhosos de alegria. Um rosto suave e definido, muito parecido com o seu, assim como seu pelo vívido e um sorriso simplesmente perfeito. Sua pequena Sarabi fazia juz ao nome e realmente se assemelhava a uma miragem de tão bela...
Já Safira sentiu suas contrações poucos dias depois do nascimento de Sarabi. Não demorou para que Rafiki viesse correndo à caverna com suas ervas e sua filha viesse ao mundo.
Possuía os pelos claros e os belos olhos azuis da mãe. A pequena lembrava à mãe de sua avó, Sara. Possuía um sorriso doce e semblante tranquilo, muito parecidos com os do pai:
- E então? Como iremos chamá-la? - Abbas sorriu. Se sentia todo bobo com a filha nos braços.
Safira deu um risinho nervoso:
- Eu estive pensando em homenagear minha falecida mãe. Ela se chamava Sara e era muito importante para mim...
- Perfeito, ela será nomeada Sara então.
Safira arregalou os olhos:
- Oh não, não. Não pensava em fazer assim! Eu imaginei...Se unissemos o meu nome com o dela...
Abbas franziu o cenho, um pouco confuso:
- Nossa...Como ficaria essa união? Safirara? Sarafira?
Safira deu uma alta gargalhada. Abbas sempre fora tão bom em fazê-la sorrir...
- Não, besta! Eu...dei uma pequena mudada. O que acha de Sarafina?
Abbas olhou para o alto, pensativo e olhou para sua amada, concordando:
- Sarafina...gostei. Soa muito bem!
A leoa sorriu, animada:
- Sério? Sabia que iria gostar!
Os dois abraçados, com a pequena Sarafina entre suas patas...Quem olhava sabia que nunca naquela vida poderia existir casal tão perfeito!
Mas...existia um outro casal. Outro nem tão perfeito assim: Ahadi e Uru.
As saídas constantes de Ahadi já haviam despertado o interesse e a curiosidade da leoa, que reclamava dia e noite com o marido que ele não dava a atenção necessária para Bianka e Tau, que cresciam cada vez mais.
Ahadi sentia seu coração apertar cada vez que ouvia isso. Obviamente amava muito todos os seus filhos, mas como explicar para Uru? Era óbvio que o sentimento dele por Mufasa era mais exorbitante. Algo difícil de explicar...Mufasa fora fruto de um amor verdadeiro, algo que ele próprio construiu. Já os inseparáveis gêmeos de Uru...foram resultado de um casamento forçado.
O rei se odiava por ter esse sentimento, mas era realmente algo que ele não podia controlar...
Tau e Bianka eram filhotes completamente harmoniosos e muito unidos. Faziam tudo juntos e adoravam brincar na companhia um do outro. Dificilmente era visto pela savana irmãos tão grudados.
Os gêmeos logo fizeram amizade com Sarabi e Sarafina. Os três pequenos filhotes, que mal sabiam caminhar direito, já pareciam ter um vínculo um com o outro. Era bonito de se ver!
Mas Uru não deixava de estranhar o comportamento do marido, sempre saindo da caverna e sumindo pela savana para "resolver assuntos pessoais" ou patrulhar os limites do reino, embora o rei tivesse nomeado seu mais novo amigo e conselheiro, Abbas, um patrulheiro também, ele insistia em verificar as fronteiras ele próprio...
Um belo dia, Ahadi havia dado sua justificativa padrão à Uru e saído de Pedra do Rei para ver Mufasa e Kala outra vez. Porém, nesse mesmo instante, Abbas havia retornado de sua patrulha:
- Abbas.
O leão se virou para a rainha e sorriu:
- Sim, majestade?
- Por acaso avistou meu marido na patrulha da fronteira ou se dirigindo para lá?
O leão fez cara de pensativo e negou com a cabeça:
- Me desculpe Alteza, porém não o vi. Com licença...
O leão fez mesura rápida e correu em direção de Safira, que embalava a filha nas patas.
Uru ficou confusa...será que ele realmente a esteve enganando todo esse tempo?
Resolveu tirar toda essa situação a limpo. Com seus filhos adormecidos junto de Sarabi, a rainha saiu silenciosamente da cova e procurou pelo cheiro de Ahadi. Quando finalmente o encontrou, seguiu o rastro de cheiro, iria saber, de uma vez por todas, o que o marido escondia...
------------------------------------------------

GENTE EU NÃO MORRI!
Estou vivíssima, mas quase morta.
As provas já começaram, meu Deus eu tenho estado muito atarefada! A matéria desse ano é mil vezes pior que a do ano passado, mas acho que consigo ir bem se continuar me esforçando :V
Sei que ficaram curiosos e sei que esse capítulo foi meio chatinho...mas quis colocar as coisas em ordem e explicar o que aconteceu no tempo que se passou após o nascimento do Muffy.
E...epa! Uru finalmente decidiu parar de ser trouxa! E aí? O que será que ela vai encontrar (isso SE ela encontrar algo)?
Não percam o próximo capítulo!
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Conto de Dois Irmãos - cap 8

Mais uma gota fresca de orvalho se desprende das folhas, se espalhando ao chão, umedecendo a terra fofa de verão.
Mais um grilo some por entre a relva verde-clara, imitando sua coloração, deixando apenas seu cricrilar como breve indício de sua presença.
Mais uma vez, como sempre, o sol havia nascido no Leste e, previsivelmente, iria se pôr a Oeste.
Mais uma vez, aquele parecia mais um dia, como qualquer outro...

...mas não era.
.............................................

- A...Ahadi...não...
Kala se esforçava ao máximo para conseguir respirar. O pobre filhote, pequeno que só, esfregava o focinho por seu pelo, desesperado em busca de leite. Azali e Rafiki pareciam petrificados, olhando para Ahadi como uma pequena gazela assustada olha para seu leão predador.
O rei, inclusive, imaginava que deveria ter uma expressão parecida estampada em seu rosto. Não se lembrava muito bem de Kala se encontrar com outros machos, a não ser que...
Não! Não podia ser, ela havia lhe dito tantas vezes...tantas juras de amor haviam sido trocadas. Como ela poderia ter coragem?
Imediatamente, ao perceber que não teria comida, o choro do pequeno filhotinho preencheu o silêncio do local. Ahadi se aproximou um bocado, sua juba vermelho-escuro parecia negra na sombra da gruta e conservava exatamente a mesma cor do sangue espalhado no chão.
Azali murmurou qualquer coisa para Rafiki e correu até o rei, com uma expressão completamente indecifrável em seus olhos:
- Ahadi...não. Por favor, não entre aqui. - Azali parecia se esforçar para que sua voz soasse baixa mas, ao mesmo tempo, se sobreposse ao choro do pequeno - Como...como nos achou?
Sua trêmula voz esbanjava nervosismo. "Por que tão nervosa?" Ahadi se perguntou:
- Eu estava preocupado com Kala - Ele disse esticando a cabeça para encarar a pobre leoa estirada no chão. Ela não retribuiu o olhar - Ela...não apareceu para ver seus sobrinhos. Uru está muito chateada.
Ahadi imaginava que devia ter soado estranho. Procurou uma desculpa qualquer para a razão de ter parado ali, provavelmente até sua entonação de voz deva ter mudado...mas Azali fechou a cara e suspirou, parecendo zangada:
- Sei que você mente, majestade. Sei porque veio parar aqui, Kala já me contou sobre vocês. Como rei, não deveria fugir de seus atos assim.
Ahadi ficou sem palavras e desviou o olhar para Kala. Dessa vez ela o olhou de volta, mas seus olhos verdes pareciam sem vida e refletiam dor:
- Venha, vamos lá fora conversar mais livremente, Kala não deve se exaltar enquanto Rafiki a medica. - Azali disse e sinalizou com a cauda para que Ahadi a seguisse.
Já do lado de fora, a xamã adiquiriu uma postura ameaçadora, completamente diferente da que adotara dentro da gruta:
- Seu insensato! Enlouqueceu? Por que fez isso?
- Do que você está falando?
- Ora, não pense que sou tola! Não nasceste ontem, sabe bem do que estou falando.
Ahadi mordeu o lábio e sentiu o coração pesar de culpa. Realmente ele não tinha nenhuma boa justificativa, havia agido de forma irreverente, movido por seu impulso sentimental e, por que não, carnal.
- Eu...ah. Eu queria ser feliz, Azali, ao menos uma vez na minha vida gostaria de seguir meu coração e quer saber? Se dissesse que estou arrependido disso, estaria mentindo. Kala é a leoa mais incrível que eu já conheci e se não fosse por este juramento estúpido, largaria tudo o que tenho para ficar ao seu lado.
A expressão de Azali mudou. Agora, ela parecia incrédula com o que havia escutado:
- Ser feliz? - ela cuspiu - Saiba você, majestade, que sua felicidade custará a de todos deste reino. Vossa graça não entende de responsabilidades? Por acaso sabe do que se trata? Os Antigos Reis estão irados, meu rei. As noites não terão mais estrelas, as tempestades serão frequentes...nem a mim eles têm contatado mais. Estou tão preocupada...principalmente por Rafiki. Ele parece ser um jovem muito inteligente, mas será capaz de conter essa ira?
- Rafiki? O macaco bizarro? Como assim?
- Ele será meu sucessor, Ahadi. Logo, as estrelas me chamarão para repousar junto a elas e ele será xamã no meu lugar. Não sei como ele irá lidar com essa situação...
Ahadi suspirou:
- Só me faltava essa. Agora, um louco assume o cargo de xamã e conselheiro...
Azali rosnou bem baixinho:
- Não sabe o que diz, majestade. Deveria conhecê-lo melhor antes de julgá-lo, mas não mudemos de assunto. Sobre Kala...você tem noção do que fez?
- Chega, eu não tenho mais o que falar sobre isso. E você, não se meta...
Azali o cortou, rugindo:
- Aquele filhote é seu filho, Ahadi. Ela engravidou de você!
Ahadi prendeu a respiração. Não que aquilo lhe fosse uma surpresa, já suspeitava desde que pôs seus olhos nele, a semelhança era indiscutível...mas agora, não era suspeita: era realidade.
Azali continuou:
- Era por isso que te evitava, se escondia pelo reino, dava um jeito de sumir...ela não queria que você soubesse, cogitou até fugir deste reino com o bastardo, mas agora...você descobriu...
- Eu ia descobrir de uma forma ou de outra. - ele disse, a voz quase falhava.
O silêncio se instalou. Talvez um dos silêncios mais constrangedores da vida de ambos. Azali se virou e voltou-se para a entrada da gruta, antes de ir, ela chamou Ahadi:
- Vamos - ela disse, friamente - Venha conhecer seu novo filho. É um menino e nasceu durante esta madrugada com bastante antecedência, mas tem grandes chances de sobreviver e não aparenta que terá sequelas deste nascimento pré-maturo. Kala diz ser muito parecido com você também.
Ahadi engoliu em seco. Reuniu forças dentro de si e entrou na penumbra da pequena gruta.
Kala parecia melhor. Ela segurava seu filho nas patas dianteiras e lambia-o de forma compulsiva, apesar de ele já estar sem a placenta. O pequeno parecia normal, apesar de sua notável pequenez.
Rafiki estava sentado, misturando algumas ervas mascadas e oferecendo-as ao pequeno:
- Rafiki - Azali chamou atenção - Ele já está amamentado, não está? Você pode dar-lhe estas ervas apenas depois de ele encher a barriga.
- Ele já mamou, Azali - Kala respondeu, gentilmente acariciando seu filho - Está tudo bem...
Rafiki sorriu para sua mentora e voltou a dar as ervas ao filhote.
Ahadi surgiu logo atrás de Azali, fazendo Kala desviar o olhar e esconder um pouco seu primogênito com as patas. Amava Ahadi, mas tiha vergonha e insegurança em relação ao pequeno. O rei podia achá-lo feio, ou pior...podia querer matá-lo para esconder sua relação com ela...
"Não", Kala pensou, "Ahadi não seria esse tipo de monstro...", mas, mesmo que contra a sua vontade, os pensamentos negativos continuavam a invadir sua mente.
Ahadi chegou perto e deitou-se ao lado da leoa. Não conseguia parar de olhar para ela, que desviava seus olhos dos dele...ela continuava linda, mesmo diante a tanto cansaço e dor...
- Olhe para mim... - Ahadi pediu, gentilmente - Por favor...preciso ver seus olhos e acreditar que está tudo bem com você.
Kala ergueu o olhar. Ele refletia um pouco da opacidade do medo, mas ainda continha brilho o suficiente para mascará-lo. O leão sorriu, um pouco da sua juba iluminada pelo sol voltava a ganhar a tonalidade vermelha que ela tanto gostava:
- Linda...como sempre... - Ele aproximou o focinho da bochecha dela e lambeu-lhe suavemente. Depois, abaixou o olhar para o filhote que Kala ainda protegia com suas patas - Por que o esconde?
Ela não disse nada. Tinha tanta vergonha e insegurança que mal podia abrir a boca. Mas bastou olhar em seus olhos para entender o por quê:
- Oh, não. Não pense assim Kala, por favor...me ofende tanto desta maneira...
Ela sentiu suas garras levemente sendo desembainhadas, como um reflexo:
- Por favor, eu prometo não fazer nenhum mal ao meu filho. Eu quero vê-lo...você me permite?
A leoa pareceu ganhar mais confiança quando Ahadi o chamou de "meu filho". Após um longo suspiro, ela mostrou seu filhote.
Ahadi olhou para ele, maravilhado. O pelo dourado, o nariz redondo e de cor clara...era muito parecido com ele. Mas ainda possuía o formato do queixo e o formato dos olhos iguais aos de Kala:
- Ele...é perfeito - Ahadi balbuciou, acariciando-o com suas grandes patas - Em toda a minha vida, nunca vi filhote tão maravilhoso.
- Nem mesmo os herdeiros de Uru?
Ahadi negou com a cabeça:
- Não...de longe...
Kala não conseguiu controlar a risada. Ahadi riu com ela...parecia mesmo que nada podia estragar aquele momento, tão puro. Ambos haviam até esquecido a presença de Azali e Rafiki na gruta.
- E então? Como pretende chamá-lo? - Ahadi perguntou, se levantando para deitar ao lado de Kala e abraçá-la:
- Eu...não sei. Minha gravidez foi tão conturbada, mal tive tempo de pensar em um nome...
- Bom, eu tenho um em mente, se te alegrar...
- Sim, pode falar - Ela sorriu, virando-se para ele
- Uru não me permitiu escolher o nome do filhote macho dela. Ela o nomeou de Tau, mas eu gosto de um outro nome...Mufasa.
Os olhos de Kala brilharam:
- Sim...Mufasa, gostei. Mufasa...esse nome tem...pinta de rei. - ela disse sorrindo, com uma voz doce e inocente e Ahadi riu de volta para ela
- É, quem sabe... - falou ele com uma voz distante, sabendo que aquilo nunca poderia acontecer.
Kala deu mais uma lambida em seu filho e apoiou sua cabeça contra a juba espessa de Ahadi:
- Mufasa...nosso príncipe Mufasa...
-----------------------------------------------------------------

Heyoou!
Nossa...que diabos é "Heyou"? Kkkkkkk
Então gente, aí está! Um capítulo curtinho, mas é suficiente :)
Temos nossas suspeitas confirmadas! Era mesmo Mufasa esse tempo todo kkk
Mas...e aí? O que será que acontecerá agora? Será que Uru vai descobrir algo???
Não percam o próximo capítulo para terem todas suas perguntas respondidas (ou quase todas kkk).
...tenho pensado sobre muitas coisas e cheguei a uma conclusão meio inesperada: eu quero um abraço...
(Random time)
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

Conheça mais o personagem - Azali + Rascunhos (estou evoluindo :v)

Oooolá pessoas!
Tudo bem?
Então, vi esse "quadro" no blog da Uru Lioness e resolvi fazer também porque achei legal, é uma forma divertida de vocês descobrirem coisas interessantes sobre os personagens e se envolverem ainda mais na história ^^

Vamos começar com a minha preferida: Azali!


Sim! Consegui terminar meu primeiro desenho no PaintTool Sai! Não ficou lá essas coisas e o focinho, sem querer, ficou meio gigante, mas dá pro gasto kkkk. Aos poucos devo ir aprendendo mais e melhorando. Ah, e aquele gatinho ali é minha "assinatura". Acreditem: essa era minha assinatura quando eu era criança xD. Pretendo melhorar ainda e criar uma assinatura que preste, mas resolvi homenagear minha infância sabe...
Lembrando: esse desenho relata Azali como leoa jovem adulta, portanto não possui as orelhas jantes e nem a listra na testa (na minha versão, as leoas só tem essas marcas quando são mais crescidas, umas mais cedo e outras mais tarde, que é o caso de Azali.)


Nome: Azali
Idade: mais ou menos 15 anos (em idade leão isso é muita coisa xD)
Parceiro: Não possui
Filhos: Não possui
Mãe: ???
Pai: ???
Irmãos: Não possui

Azali é curandeira de PrideLands desde o primeiro Rei. Com um jeito sábio, alegre, positivo e meio "místico" por assim dizer, é querida por todos do reino e não é de esconder seus sentimentos, porém mal espera pelo dia em que poderá se ausentar de sua missão como xamã e ir descansar nas estrelas.

Curiosidades:


- Sua função de xamã começou a ser exercida desde sua infância. Quando pequena, morava em um reino distante de PrideLands e começou a aprender as habilidades de uma curandeira desde muito cedo, por isso ela tem conhecimento de tantas coisas. Vale lembrar que ela começou a exercer seu papel de curandeira como uma leoa "adolescente".

- Na minha primeira versão da história, Azali não existiria. Mas depois eu resolvi acrescentar ela para que Dallas tivesse uma espécie de "conselheira" ao seu lado.

- Azali tem um grande apego pelas princesas Kala e Uru e as vê como suas filhinhas, porém possui uma leve predileção por Kala.

- Não existe um leão em Pridelands que não goste de Azali, até mesmo as leoas vindas do Norte, porém Sara não tinha tanta simpatia por ela pelo fato de ela passar muito tempo com Dallas (ciuminho ¬w¬)

- Azali é uma das únicas em Pridelands que tem contato direto com os Antigos Reis das estrelas.

- Mohatu foi o rei a quem Azali mais se apegou e, pasmem, ela já chegou a se apaixonar por ele na adolescência. Mas foi uma paixão que durou pouco tempo, pois ele logo se envolveu com a mãe de Uru e Kala.

- Azali sabe decifrar sonhos ^^

- Ao envelhecer, Azali dedicou sua vida á sua função: curandeira e mensageira dos Antigos Reis. Por isso a leoa não possui um parceiro e filhos. Mas isso foi por opção dela, pois não há nenhuma lei que proíba os xamãs de se apaixonarem e terem filhotes.

- Azali dorme na Árvore (aquela árvore que Ahadi e Uru se encontravam na adolescência), ela dorme lá devido as lendas que circundam pelo reino (lenda essa que eu também já mencionei na história, mais vou lembrar os esquecidos kkk: segundo essa lenda, os Antigos Reis passam a noite nas Estrelas mas, durante o dia, quando as estrelas não aparecem mais, seus espíritos descem e vão dormir na árvore mais alta do Reino, essa árvore seria a tal Árvore em que Azali dorme ^^). Ela futuramente será a moradia de Rafiki também (ele meio que deve ter se apegado kkk).

- As orelhas jantes e a listra na cabeça de Azali apareceram apenas na idade adulta (iso é meio que uma particularidade minha mesmo kkk).

- Azali não aparenta a idade que tem. Isso é chamado "Benção dos Antigos Reis", ela ganha vida duradoura e aparência bem conservada até que termine sua missão como curandeira e um outro xamã venha substituí-la.

- Ela gosta de falar com bastante formalidade.


E é só isso gente, não temos muitas coisas para falar sobre Azali, até porque eu não criei uma história para ela...ainda!
Num futuro distante (bem distante meeeeesmo) eu pretendo escrever uma história sobre o Primeiro Rei das Terras do Reino, sobre como as Terras ficaram divididas entre Norte e Sul, a infância de Dallas...tudo isso porque eu percebi que eu criei alguns personagens com um potencial ótimo (como a meia-irmã de Dallas, a Dília, a melhor amiga de Dallas, Sara, as três melhores amigas Nijalma, Nzuri e Timira...), são personagens que eu não queria jogar fora. Portanto, no futuro, eu devo escrever as histórias deles ^^

E...olha só! Eu estou conseguindo evoluir no PaintTool Sai de verdade!!!!!
Vou mostrar uns rascunhos de filhotes que eu fiz recentemente:




A de cima é uma Vitani meio triste, logo abaixo dela é um Oc meu meio pensativo (discutam sobre quais são os pais dele, duvido alguém acertar :v kkk), ao lado um filhote com uma borboleta na testa (acho que ele devia estar tentando pegá-la...) e bem embaixo é uma tentativa completamente falha de misturar Chibi com Rei Leão (não façam isso em casa kkkkk).

Só isso gente! Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Conto de Dois Irmãos - Cap 7

- Aonde está Azali, Rafiki? - Uru perguntou, com um caloroso sorriso no rosto
- Ela...se encontra atarefada, alteza. Mandou-me avisar que virá aqui em breve, quando a chuva cessar ou...bem...
O pobre babuíno se enrolava nas próprias palavras. Rapidamente voltou sua atenção para os filhotes da rainha, que haviam adormecido ao lado da barriga quente da mãe após mamarem, a fim de receberem calor:
- Eles são lindos, rainha Uru. Bem mais do que me recordava...
Uru fechou os olhos e balançou a cabeça, em sinal de respeito e gratidão:
- Obrigada Rafiki.
Todas as leoas que antes ocupavam o espaço em torno de Uru, agora, já haviam se enrolado no fundo da caverna e adormecido, o que permitia a rainha suspirar e relaxar, ouvindo o relaxante som dos pingos de chuva e o grave retumbar dos trovões, curtindo o calor dos corpos pequenos e frágeis de seu príncipe e de sua princesa...eles realmente estavam ali, bem do seu lado! Parecia viver um sonho!
Com os olhos pesados de cansaço refletindo os raios de chuva em um caleidoscópio de cores, Uru refletia: De princesa á Rainha e de Rainha á mãe...esse era, de fato, o melhor presente que poderia receber dos Antigos Reis!


Ao longe, na entrada da caverna, Ahadi mantinha sua pose de sério, observando o cenário de chuva que infestava seu reino...aonde ela estaria? Se perdia em especulações, quando Rafiki veio saltitando ao seu encontro, sorrindo animadamente como sempre:
- O que lhe aflige tanto, majestade?
Ahadi se assustou com sua presença:
- B-bem eu...nada, eu imagino...
O babuíno tardou-se a admirar a tempestade ao seu lado. Não era tolo, sabia do que se tratava a preocupação do rei, se sua lógica estivesse correta... 
Era tanta chuva e neblina que se tornava impossível vizualisar muita coisa além dos limites do reino. Pouco depois, o macaco quebrou o silêncio:
- Já pensou em uma resposta concisa para me dar, alteza?
O rei bufou:
- Quem é você para me exijir respostas e se meter na minha vida?
O babuíno riu:
- Então, Azali não te contou óbvio...
- Contar o quê?
Rafiki arregalou os olhos, como se tivesse feito algo de errado e em seguida gargalhou tão alto que seu riso ressoou nas paredes rochosas da cova:
- Acho que acabei de estragar a surpresa! Vejo você depois, alteza!
E, em seguida, deu um salto gigantesco em direção á chuva. Ahadi contorceu o nariz e voltou para dentro da gruta, enfezado, murmurando:
- Macaco maluco...

...............................................................

Debaixo da Pedra do Rei, o vento tinha mudado de direção. Soprava bem aonde Kala e Azali se encontravam, direcionando algumas gotículas da incessável chuva sobre elas. As duas se encolhiam de frio a cada lhufada de ar, os pelos molhados grudados contra a pele, gelados, aumentavam ainda mais a sensação de estarem mergulhadas em uma lagoa congelante.
Em meio a tempestade, Azali gritou:
- Você não pode passar a noite aqui Kala! Olhe só! Se dormir aqui pode adoecer ainda mais. Sua gravidez já está repleta de riscos, se aumentá-los ainda mais, corre o risco de perder seu filhote!
Kala respondeu com um murmúrio:
- Não...eu não posso. Eles vão desconfiar.
Azali avistou Rafiki, ao longe. Azali o cumprimentou:
- Rafiki, você viajou pela Savana...deve conhecer uma gruta abandonada aqui por perto...
O jovem concordou com a cabeça:
- Sim, conheço várias!
- Nos leve até uma? Kala precisará passar essa noite conosco e a caverna de PrideRock não é o melhor local para conversarmos a esta hora da noite...
Rafiki assentiu com a cabeça e fez um sinal com as mãos para que o seguissem. Os três correram pela chuva e chegaram em segurança a uma caverninha próxima, bem pequenininha, mas com tamanho suficiente para todos se alojarem.
Ignorando a presença do babuíno, que examinava algumas frutas e ervas, Azali deu início a conversa com Kala:
- Kala, querida, você não pode se esconder assim para sempre! O que espera com isso?
- Já estou grávida a muito tempo, Azali. - Kala retrucou, com amargura na voz - Engravidei logo em meu primeiro encontro com ele...foi um momento mágico e indescritível na época, mas agora...o que passo não é nada "mágico", com certeza não. Me escondo de tudo e de todos, principalmente de Ahadi. Ele provavelmente já desconfiou que há algo de errado comigo, mas não é capaz de comentar nada se não me encontra e, quando meu filhote nascer, pretendo fugir deste reino.
Azali vociferou:
- Por acaso perde o juízo, sua estúpida? Sabe muito bem o que fazem os leões ao encontrar fêmeas abandonadas com pequenos filhotes ao lado, eles os matam e "capturam" a leoa para si. É isso que almeja para seu filho? És tão desajustada como sua irmã!
Kala rugiu, assustando até a Rafiki. Os plácidos e profundos olhos verdes, agora, queimavam de fúria:
- Não ouse comparar-me á peste da minha irmã!
Azali mostrou os dentes e rosnou como resposta:
- Se lhe desagrada ser comparada a ela, por que se comporta como tal? Se não quiser que cotejos indesejáveis como este se repitam, raciocine um pouco mais! Pense, use sua cabeça e chegue a uma boa conclusão, Kala. Você sempre foi a melhor nisso! Acha mesmo que partir com seu filho é uma boa idéia?
Kala não soube como reagir. Realmente uma voz, lá no fundo de sua mente, dizia que agir assim era o errado a se fazer...mas ela parecia não ter escolhas. Se via cercada, como se todos fossem apontar para ela e confrontá-la à respeito de sua barriga inchada, de suas saídas repentinas no meio da noite, de sua distância dos forasteiros machos, que passeavam em torno dos limites do reino apenas se exibindo para as fêmeas...não sabia o que fazer, estava perdida em seus impulsos.
Não se lembrava ao certo de quando tinha começado a chorar, mas quando se deu conta, as lágrimas não paravam de escorrer pelas suas bochechas, molhando ainda mais seu pelo. Azali, apreensiva, acariciava suas costas:
- Kala...me perdoe por ser tão chata, mas eu preciso que você enxergue...
- Não... - Kala a cortou entre os soluços - Não peça meu perdão quando a errada da situação sou eu. Você está certa Azali. Eu só...cometi um erro em ocasião do desespero! Eu... - tentou buscar palavras para explicar o que sentia, mas falhou miseravelmente quando uma onda de angústia a invadiu, fazendo-a soluçar e se contorcer ainda mais. Azali pediu para que Rafiki providenciasse o leite de flores, para que tranquilizasse Kala.
- Querida, os Antigos Reis estão irados! Essa terrível tempestade bem no dia do nascimento dos herdeiros...isso é um sinal. Nem eu nem Rafiki soubemos identificar mas...tememos o futuro. Você quer que eu a acalme, mas não tem como! Essa sua gravidez é o fruto de um horrendo impulso...
- Não foi impulso - Kala a cortou, em meio a choradeira - Foi...foi amor. Eu amo Ahadi. O amo desde jovem. Os Reis do Passado podem estar chateados mas eu não, eu estou feliz e realizada, pois fiz Ahadi descobrir que também me ama.
- Por acaso sabe do Juramento? Ele não deveria ter descoberto sentimento algum sobre qualquer outra leoa que não fosse a Rainha.
Rafiki adentrou a pequena gruta com algumas flores que conseguira encontrar em meio a tempestade. Seu longo pelo vívido de macaco jovem reluzia, encharcado de chuva, mas ele parecia não se importar. Já vivera como andarilho, estava acostumado a caminhar sob chuva e sol extremos.
Kala se encolheu de dor e Azali esperou que o babuíno misturassee as flores junto a água da chuva e spremesse o suco delas. Quando havia terminado, ofereceu a mistura á Kala, que bebeu rapidamente e adormeceu logo em seguida.
Observando a leoa dormir e acariciando seu pelo, Azali falou para seu aprendiz:
- Rafiki...tempos difíceis estão por vir e é provável que eu já não esteja mais aqui...quero que esteja preparado. Os Reis não irão facilitar nada por aqui...
O jovem assentiu com a cabeça, silenciosamente. Azali deu um sorriso, Rafiki ainda era um broto, mas possuía uma enorme sabedoria e ótimas habilidades de xamã. Soube disso desde a primeira vez em que trocara palavras com ele no dia anterior, embaixo da Árvore e ele concordou imediatamente em ser curandeiro depois dela e passar a chamar Pridelands de seu lar. Os Antigos Reis poderiam estar prontos para castigar aquelas terras, mas mesmo assim estavam aptos a enviar um substituto dela que fosse plácido e entendedor o suficiente da situação para enfrentá-la bem. 

No dia seguinte, Uru foi a primeira a despertar. O sol mal começava a despontar ao Leste quando acordou, enérgica. Assegurou-se de que seus filhos dormiam e partiu em direção a ponta de Priderock para contemplar o amanhecer.
O céu violeta repleto de nuvens rosê...o amanhecer era sua parte preferida do dia. Ao olhar para as montanhas, era capaz de ver o lento surgir do sol, mas a brisa continuava fresca o suficiente para fazê-la sentir um bocado de frio. 
De repente sentiu como se estivesse sendo observada. Ao olhar para trás, viu que era Ahadi. O leão se aproximou dela e sentou-se ao seu lado:
- O vento está contra mim - disse Uru, bocejando - Mal pude sentir seu cheiro. Você me assustou.
- Bom-dia para você também, minha rainha. O que a faz estar de pé tão cedo?
- O prazer da manhã - Uru disse, sorrindo - Já você...imagino que não seja o mesmo.
- Com certeza não. Seus filhos já acordaram e suplicam por comida.
Uru ergueu as orelhas, atenta as palavras de Ahadi, e disse, calmamente:
- Se houver esquecido, faço questão de lembrar-lhe: são seus filhos também.
Ahadi grunhiu, sem mudar de expressão:
- Você entendeu o que eu quis dizer. Não foi por mal, Uru...
A leoa se levantou e saiu, sem emitir nenhum barulho, deixando o Rei ali, sozinho a receber o calor do sol.
Enquanto amamentava seus filhotes, Uru não parava de pensar em Kala. Aonde ela estaria? Não havia ido dar as boas-vindas aos herdeiros de Pridelands no dia anterior. Sua última esperança é que viesse hoje recebê-los.
Todas as leoas a sua volta dormiam. O silêncio era violado apenas pelo canto dos pássaros. Era um clima tão agradável que a leoa logo adormeceu, juntamente com seus pequenos, que dormiram enquanto mamavam.
Enquanto isso, Ahadi parecia compartilhar os pensamentos de Uru...aonde será que estaria sua tão querida Kala? Durante os últimos tempos não parecia capaz de ficar com ela a sós, como estavam acostumados a fazer. Sabia que era errado, sentia culpa constantemente...mas a amava tanto! Possuía a beleza de Uru, porém sem seu comportamento infantil e intolerante. Kala era o verdadeiro amor de sua vida. Se ao menos fosse a mais velha...
Desistiu de apenas pensar em sua localização e partiu em busca dela. Decidiu seguir seu cheiro, se lembrava muito bem dele: assemelhava-se ao de Uru, porém com um toque mais suave.
Quando finalmente parou embaixo da Pedra do Rei, pôde sentí-lo. Estava desgastado devido a chuva, mas era capaz ainda de identificá-lo junto a outros cheiros confusos e um específico que parecia com o de Azali.
Começou a seguir o leve rastro da fragrância, até parar em um lugar nas fronteiras do reino aonde não lembrava de ter estado antes. Encontrou uma pequena gruta bem escura, aonde a luz do sol mal penetrava, mas lá dentro seu cheiro parecia mais forte. Pensou duas vezes se realmente deveria entrar, algo em sua cabeça dizia que sua presença não a agradaria...mas ele foi, mesmo assim.
Quando entrou, piscou um pouco para se acostumar a falta de luz:
- Kala...você está aí?
...
Não obteve resposta.
- Kala, me responda por favor. Estou preocupado com você e...
Sua voz falhou...o que encontrou parecia a justificativa sobre tudo o que estava acontecendo desde então.
Kala estava deitada, arfando, olhando para ele com olhos extremamente cansados. Seu sangue havia colorido o chão de vermelho. Azali, ao seu lado, parecia assustada juntamente com Rafiki. Ambos preparavam um mascado de várias ervas medicinais, mas agora, encaravam o rei com olhos perdidos.
A antiga princesa de PrideLands segurava entre suas patas um filhote, extremamente pequenino, trêmulo, coberto de sangue...e de pelos dourados, como os dele...
-----------------------------------------------------------------

AEEEEEE, FINALMENTE SAIU!!!!!!!!!!!! 
Olá pessoas, tudo bem??? :)
Peço mil desculpas, mas tenho que lembrar a vocês...o blog terá MUITO MENOS postagens do que antes.
É bom que aí vocês já ficam curiosos sobre a história kkkkk
Então...nasceu né...
Vale lembrar que Kala já está grávida a um certo tempo já, desde seu primeiro encontro com Ahadi...mas tudo leva a crer que seu filhote nasceu prematuramente :v
Como será que Ahadi irá reagir?
E Kala?
E...Uru???? 'O'
Fiquem ligados no próximo capítulo \o\ /o/
E...sobre meu dia-a-dia (não que alguém esteja interessado kkkk)
Segunda-feira volto para casa umas 6 horas da tarde, passo o dia INTEIRO na rua.
Terça eu tenho uma folguinha 'v'
Quarta eu volto para casa um pouco mais tarde...tudo leva a crer que será o mesmo papo de Segunda, mas talvez um pouquinho mais cedo.
Quinta eu volto tarde também.
Sexta...ufa! Mais uma folga!
Tudo isso porque estou fazendo inglês e fonoaudióloga juntamente com a escola e tenho que andar HORRORES nesse sol infernal de 40 graus! E ainda preciso de tempo para estudar!
Perceberam o porque de pouco tempo para postar?
Peço mil desculpas gente! Mas olha, eu JURO que nunca vou deixar vocês na mão. Não pretendo abandonar esse blog nunca! Por isso, retribuam. Não me deixem na mão também, viu?
E...sobre a minha mesa digitalizadora...me digam: pra que serve uma mesa se eu não sei NADA sobre efeitos do PaintTool Sai??????
Esses dias eu cheguei a quase chorar pro meu pai dizendo que ele gastou dinheiro á toa, porque eu não consigo usar nenhum efeito desses programas! Não sei mexer em nada, por mais que eu procure tutoriais!!!!!!
Se alguém souber de alguma coisa que possa me ajudar ou sei lá...socorro! Kkkkkkkkkkkk!!!!!
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/