











Oi pessoas!!! FELIZ NATAAAAL!!!!!!
Fiz um desenho da cena em que Uru vai visitar o túmulo de Dallas, levando a florzinha branca ^_^
"Quando, repentinamente, desacelerou o ritmo, cheirando o ar. Sorriu para si mesma, sussurrando:
- É aqui..."
Oi gente!!!
Eu tava passeando pela net e encontrei uma brincadeira que eu achei interessante:
"Escreva a história mais triste que você conseguir usando apenas 4 palavras!"
Depois de quebrar minha cabeça, finalmente consegui algo decente:
- Ele jamais sorriu novamente.
E aí? Será que vocês conseguem?
Valendo!!!
Uru atravessava uma savana deserta. A manhã era quieta e nebulosa, não se ouvia um sussurro, nem mesmo dos pássaros que tanto se esbaldavam ao cantar pela matina. Havia colhido com os dentes uma humilde florzinha branca que ela nem sabia de qual espécie era, que não exalava aroma algum, que não havia nenhuma beleza exuberante estampada nas pétalas e que parecia se esforçar para não chamar atenção. Nem se lembrava direito de onde havia pego essa flor que, agora, deixava levar suas pequenas pétalas finas e brancas na dança do vento, rodopiando, contentes pela neblina até caírem suavemente ao chão. "Aguente, florzinha" Uru pensava "Estamos quase lá!"
Quando, repentinamente, desacelerou o ritmo, cheirando o ar. Sorriu para si mesma, sussurrando:
- É aqui...
Uru nunca sabia aonde, ao certo, eram enterrados os corpos de leões e leoas mortos. Nem ela e nem os outros habitantes do reino, graças a Azali, a curandeira. Segundo ela, o ritual de despedida da carne era restrita, algo como um ritual justo entre "Antepassados e Curandeiros".
Porém, se você é uma leoa curiosa que acorda antes mesmo de o Sol nascer e está disposta a se aventurar em uma manhã fria e em uma neblina cegante, você poderia, talvez, descobrir pelo faro o local onde tal cerimônia sagrada foi realizada.
Uru pressionou o focinho no chão, inalando o cheiro. Conseguia sentir o cheiro que procurava, embora fosse fraco e quase imperceptível:
- Ela não se preocupa em esconder o cheiro? Como espera guardar segredo sobre esse "sagrado, secretíssimo" ritual?
Continuou caminhando, seguindo a trilha de cheiro que ficava cada vez mais forte, até chegar ao fim da marca: um pequeno amontoado de terra, claramente escavada.
Uru absorveu o aroma por cima do monte e confirmou: estava frente a frente com o túmulo de Dallas, antigo rei de PrideLands.
Com respeito, colocou a flor (ou o que restou dela) em cima do túmulo e sorriu:
- Dallas, não podia deixar que me impedissem de me despedir de você...serei coroada a rainha ao nascer do Sol, ao lado de seu filho hoje e, adivinha? Senti um leve mal-estar essa madrugada. Quem sabe...um herdeiro esteja vindo? Vou garantir que tenha os meus olhos, pode ficar tranquilo em relação a isto. Mas não vim debater sobre filhotes, eu só...tenho medo. Não sei como irão me ver, não sei como irão me receber. Sua rainha, Almasi...ela teve medo também? E você? Teve medo? Isso é normal? Não tenho certeza de mais nada, quero apenas uma vida tranquila. Desejo o mesmo a você, Dallas. Um descanso tranquilo, ao lado de Almasi.
Uru sorriu enquanto dava as costas para o túmulo e saía caminhando pela neblina, que, agora, estava um pouco menos intensa. A oeste o céu começava a ganhar as tonalidades rubras do amanhecer, ao passo que o canto das aves começava a ganhar vida. A florzinha branca, em cima do túmulo, começava a ter seu branco desbotado pelo laranja do céu.
Quando Uru alcançou PrideRock, o sol já despontava, ardente, das colinas ao fundo. A princesa avistou um leão sair da caverna e se espreguiçar, aproveitando a vista da caverna, era Abbas. Então Uru lembrou que quase nunca falava com o novo leão. Ela foi até ele:
- Já acordado tão cedo? Onde está Safira?
- Está dormindo. Coitada, ficou realmente sentida pela morte do rei.
- Mesmo eu custo a acreditar...
- Mas...teremos uma nova rainha agora, não é?
- É o que parece - Uru riu
- Eu garanto que, se precisar, reinará melhor que mil Dallas.
- Assim espero, obrigada Abbas.
O leão se preparava para sair, quando Uru o chamou outra vez:
- Você...vai morar aqui, com Safira? Conosco?
Abbas deu um sorriso acanhado:
- Depende...quer dizer, Ahadi não parece me curtir muito...
- Não! Quer dizer...ele não teve a oportunidade de conhecer-te direito. E, você faz tão bem a Safira! Ela gostará de ter você por perto. Nós também gostaríamos!
Abbas gargalhou:
- Claro, eu pretendo ficar sim. Só espero que Ahadi compreenda que, mesmo que eu já tenha me enamorado com várias outras leoas, nenhuma delas me tocou tanto quanto Safira...
- O que você viu nela de tão...especial? Quer dizer, Safira é uma ótima leoa, mas o que tem nela que mexeu tanto com você?
Abbas soltou uma risada envergonhada, enquanto analisava o sol, já quase saindo de seu esconderijo por completo:
- Acho que...eu não sei. Os olhos...o sorriso...Quando a vi sorrir pela primeira vez, soube que a amaria para sempre.
Uru não pode deixar de sorrir com a justificativa. Achava que não tinha como se amar alguém pela primeira vista, até conhecer Ahadi, quando ainda era uma filhotinha. Agora, havia mais um motivo para acreditar.
Foi andando, vacilante, até a caverna. Nem precisou entrar lá, Ahadi já saía, com uma expressão sonolenta.
O rei não estava lá ainda, para enviar as leoas para a caça, então as caçadoras ainda estavam por lá, junto das outras leoas...todas esperavam a coroação do novo rei.
Uru abraçou Ahadi, que reagiu com um gemido:
- Você está pronto, meu rei?
Ahadi sorriu, relutante:
- E você? Está pronta?
Uru deu um soquinho em seu ombro, de brincadeira, mas sem muita animação:
- Me pegou...
Azali saiu da caverna e cumprimentou os dois:
- Vocês não vão? Os animais estão esperando...
Uru levantou as orelhas, assustada:
- Mas já?
- Claro! A cerimônia de um novo rei começa sempre pela manhã, após o primeiro raiar do sol da matina.
Uru engoliu em seco e olhou para Ahadi:
- Vamos, Uru.
Ambos caminharam até a ponta de PrideRock, um pouco atrás, vinha Azali. Quando os Reis chegaram na ponta da Pedra, a curandeira abriu espaço entre os dois, recitando bem alto as palavras de sempre, para que fossem audíveis a todos os animais:
- Ontem, o sol se pôs, junto com o tempo do nosso Rei Dallas aqui. Hoje, o sol se ergue, e, com ele, ergue-se uma nova era junto de um novo Rei: Ahadi, filho de Dallas e sua doce rainha, Uru, filha de Mohatu. Que os Reis do Passado guiem seus caminhos das estrelas!
Azali se afastou, deixando Uru e Ahadi sozinhos na ponta de PrideRock. Ambos trocaram um olhar contente:
- Pronta, Uru?
- Depois de você...
Ahadi estufou o peito e soltou o rugido mais poderoso que conseguiu. Em seguida, foi a vez de Uru soltar seu rugido para, logo depois, Rei e Rainha rugirem juntos. Com grande alegria, os animais faziam a festa. As leoas rugiam, as zebras levantavam poeira com os cascos, os elefantes erguiam suas trombas de contentamento. O sol iluminava toda PrideLands como uma só e os animais, agora, se curvavam perante aos novos Reis: Ahadi e Uru, o futuro das Terras do Reino.
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EEEEEEEIIIII! Nossa...Quanto tempo!
Então, pra começar eu nem estou em casa :D kkkkk
Estou na casa do namorado da minha mãe e Deus...como eu quero chegar em casa logo!
Sabe...eu até gosto de sair, mas não por tanto tempo! Eu sou um sistema meio complexo sabe? Se for pra ficar muito tempo fora de casa, que seja uma viagem muito bem planejada e, de preferência, pra beeeeem longe. Mas, se for uma coisa em cima da hora e em uma casa pertinho da minha, eu aguento 2 noites no máximo!
Ou seja: já é minha 3 noite aqui. Eu tô pirando. Eu quero minha casa. Minha cama. Esse quarto me dá alergia.
A minha sorte é que amanhã de manhã eu já vou estar metendo o pé!
Sim! A primeira parte da história está finalizada ^_^
Estou bem contente, mas...a capa deve demorar pra sair!
Por que?
Bem...problemas. Muitos problemas.
Assim que puder eu posto a capa pra vocês, ok? ^^
Esse capítulo foi curtinho, só pra enfatizar Ahadi e Uru subindo ao trono!
O próximo capítulo sai logo \o/
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/
- Ahadi...meu herdeiro...
O príncipe de juba vermelha se aproximou do rei, sussurrando gentilmente:
- Eu estou aqui pai...Estou aqui.
Azali lançou um olhar a Uru e Edan, deixando entendido que era melhor que saíssem dali e deixassem pai e filho a sós um bocado:
- Ahadi...Enfim os Reis decidiram me punir...por tudo de errado que fiz tentando acertar. Agora, me parece que irei ter com Mohatu e com sua mãe nas estrelas...
Dallas deu uma pausa para tomar ar:
- Pai, não se esforce muito falando...
- Não, eu preciso...coisas que eu nunca pude dizer...que nunca tive coragem...eu estraguei tudo, eu mereço um fim muito pior...Os Reis do Passado podem querer me punir, mas eu não me sinto castigado....apenas por ter filhos...apenas por ter você, Ahadi...você, governará PrideLands melhor que qualquer rei que já tenha existido na Savana...isso eu espero de você...meu filho.
Ahadi segurou as lágrimas o máximo que pôde. Sabia que seu pai não iria gostar de vê-lo chorar:
- Eu...sinto muito, Ahadi...
- P-pelo que, papai?
- O juramento...eu não deveria ter feito aquilo.
- Não, eu mereci. Eu desobedeci as suas ordens, e Uru não é uma companhia tão má assim. Posso aprender a amá-la.
Dallas sorriu como quem ouve uma criança tola contando histórias:
- Um dia você descobrirá...não se aprende a amar ninguém e, se aprender, verá que não vai ser a mesma coisa.
Dallas apertou os olhos e gemeu de dor. Ahadi segurou sua pata e fechou os olhos com força, mentalizando todo o amor que sentia pelo rei que, embora fosse ganancioso e, por vezes, cruel, ainda assim era seu pai:
- Ahadi...chame seu irmão. Rápido. Sinto que a hora se aproxima...
- Sim, papai.
Antes de Ahadi sair da caverna, Dallas o chamou uma última vez:
- Não se esqueça filho...o melhor Rei que já existiu...
Ahadi sorriu:
- Eu te amo pai.
Ouvido as palavras de Ahadi, Dallas apenas sorriu, fechou os olhos e suspirou profundamente.
Ao sair da gruta deu de cara com Edan, Uru, Azali...e todas as leoas do reino, incluindo Safira e Abbas, que se mantinham grudados um no outro, trocando calor. Ahadi, com os olhos embaçados de dor, encarou o irmão e sinalizou para o interior da caverna. Edan entendeu a mensagem e, com um último cheiro no pescoço de Síria, correu para dentro.
Ao avistar seu pai apático, correu em sua direção, já com lágrimas nos olhos:
- Pai...por favor. Você não pode...
- Edan...não posso mais...
O jovem príncipe logo começou a chorar:
- Pode sim, o que vai ser de mim...do reino...sem você?
- Se verão livres...acredite em mim...Eu...tenho um pedido para você, filho...semelhante ao que fiz à seu irmão...um último desejo...
- Sim, pode me pedir. Eu realizarei.
- Fuja...
Edan aproximou o ouvido de seu pai:
- Que disse?
- Fuja, Edan...saia de PrideLands. Não há nada para você aqui. Você merece algo grande...merece um reino, só para você. Você tem os requisitos...apenas lute...
O príncipe olhou para o pai, estático. Lembrou-se da jovem Síria. Dallas, como se lesse seus pensamentos, disse:
- Nada te impede de levar Síria com você...eu sei o quanto gosta dela.
- Eu não sei se ela toparia...
Dallas gemeu:
- Se...ela te ama, concordará. Irá com você até o fim do mundo...Se for preciso...
Edan enxugou as lágrimas com a pata:
- Eu...farei isso. Farei por você, papai, para que se orgulhe de mim nas estrelas. E Síria virá comigo!
Após um acesso de tosse, o rei sorriu calorosamente:
- Esse é o meu garoto...meu garoto...
Edan esfregou o focinho da bochecha de Dallas:
- Edan...meu filho, chame...chame Uru.
O príncipe arqueou uma sobrancelha:
- Uru? A princesa?
- Sim...faça isso, rápido.
Edan correu da caverna saiu, chamando por Uru. A leoa entrou na caverna já indagando:
- Por que me chama aqui, Rei Dallas?
O leão mal conseguia falar mais. Apenas tossia e resmungava de dor. Sentia todos os membros formigarem, mas encontrou forças para conversar:
- Eu...Só queria me despedir...ter certeza de que meu...filho, estará em boas mãos.
- Mesmo se não estivesse, o senhor não teria escolha. Estamos unidos para sempre, graças a você.
- Oh, por favor. Estou em meu leito de morte...em parte, foi por isso que...te chamei aqui. Quero pedir...o seu perdão...
Uru se espantou com a proposta:
- Meu perdão?
- Sim...eu...matei seu pai...tornei sua vida um inferno...quase matei sua irmã...mas, mesmo assim, cuidou de mim enquanto eu...me intoxicava com pensamentos de morte. Mohatu...estaria orgulhoso...
Uru se aproximou de Dallas. Seus olhos coloridos brilhavam mais do que nunca agora, refletindo o carmesim de sua juba, o azulado profundo do céu noturno e o branco das estrelas:
- Seus olhos...São os mais belos que já vi...tenha certeza de passa-los para os meus netos...
Uru sorriu em meio às lágrimas e tocou seu focinho na pata de Dallas. O rei focalizou seu olhar no centro da caverna e sorriu:
- Almasi...Uru, ela veio...
Uru seguiu o olhar de Dallas. Uma luz começou a tomar forma na escuridão da caverna. Do lado de fora da gruta, as leoas puderam ver uma imensa luminosidade branca. Azali impediu que entrassem, sugerindo que ficassem do lado de fora, pois o rei estava, enfim, ganhando sua paz.
A luz, dentro da caverna, começou a tomar forma bem em frente de Dallas e Uru. Uma leoa de olhar caloroso e sorriso sincero foi surgindo da luz. A rainha Almasi. Mas ela parecia diferente, mais jovem e ainda mais bonita, sem o pesar e as cicatrizes deixadas pelo tempo. Na sua barriga nenhum sinal da ferida que havia tirado sua vida:
- Minha rainha...estou tão feliz...
Uru se afastou enquanto a leoa se aproximava de Dallas, que sorria tanto que mal parecia estar com dor. Almasi chegou perto e os dois tocaram os focinhos. Um clarão cegou Uru e, quando ela conseguiu abrir os olhos, não havia mais nada., Dallas estava morto, com um sorriso no rosto.
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Pessoas ^_^
Um curto capítulo para enfatizar a morte do rei! Seria uma Ova, mas normalmente, nas Ovas, não se mata nenhum personagem, então eu deixei como um capítulo mesmo.
Agora, Ahadi será oficialmente Rei. O melhor Rei que toda a savana já viu, tal como ele prometeu! Como será que ele vai se virar?
E esse pedido que Dallas fez a Edan? Como será que ele vai fazer para cumprir?
Muito obrigada por ler até aqui e não se esqueça de comentar (^_^)/